Incêndios no Amazonas e MS causam recorde de emissões de carbono
No Amazonas, as emissões por incêndios atingiram 28 milhões de toneladas
As emissões de gases do efeito estufa – de carbono -, provocadas por incêndios no Amazonas e no Mato Grosso do Sul, atingiram um volume recorde neste ano.
Segundo o Serviço de Monitoramento Atmosférico Copernicus (Cams), da União Europeia, essas queimadas resultaram nos maiores volumes de emissão desde que o Cams começou a monitorar esse fenômeno, há 22 anos.
De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (23), o Brasil acumulou 183 milhões de toneladas de carbono na atmosfera. Além disso, um terço desse total, ou seja, 65 milhões de toneladas, ocorreu apenas em setembro. Assim, as emissões seguem um caminho similar ao recorde registrado em 2007.
No Amazonas, as emissões por incêndios atingiram 28 milhões de toneladas. Por outro lado, no Mato Grosso do Sul, esse número chegou a 15 milhões de toneladas.
Ainda segundo os dados, as queimadas na Bolívia já acumulam 76 milhões de toneladas, o maior volume dos últimos 22 anos. Portanto, a situação é alarmante.
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Em nota, o Cams informou que as emissões estão consistentemente acima da média. Isso se deve, principalmente, a graves incêndios nas regiões do Pantanal e da Amazônia, impactando severamente a qualidade do ar na região.
A nota destaca que “a ocorrência destes incêndios florestais pode ser considerada fora do comum”, mesmo durante o período normalmente propenso a incêndios. Além disso, fatores como altas temperaturas e seca prolongada contribuíram para o aumento das emissões e dos impactos na qualidade do ar.