Estudo revela qual é o melhor exercício físico para tratar a depressão
Entenda como a atividade física funciona como uma ferramenta de melhoria do bem-estar mental e no combate à depressão
A campanha Setembro Amarelo conscientiza a população sobre a prevenção ao suicídio e à depressão. Ao longo do mês, a iniciativa destaca a importância de cuidar da saúde mental, buscar apoio e adotar práticas que promovam o bem-estar físico, como forma de prevenção.
Entre essas práticas, os exercícios físicos têm se mostrado eficazes para melhorar a saúde mental e reduzir os riscos da depressão. É o que aponta um estudo internacional, publicado no British Medical Journal (BJM), que envolveu mais de 14 mil participantes. Os pesquisadores investigaram como diferentes tipos de atividade física podem complementar o tratamento da depressão. Esse estudo apoia diretrizes de países como Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, que indicam a prática de exercícios físicos para o tratamento da depressão. No entanto, ainda não há uma recomendação precisa sobre a dose ideal de exercício.
Como os exercícios ajudam no tratamento da depressão?
O estudo revelou que atividades como caminhada, corrida, yoga e treinamento de força são eficazes no combate à depressão. Esses exercícios regulares aumentam a produção de neurotransmissores como serotonina e dopamina, substâncias essenciais para o bem-estar. Além disso, os exercícios podem potencializar o efeito de antidepressivos, como os Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS), ao melhorar a oxigenação do cérebro.
Os resultados positivos foram observados em pessoas com diferentes graus de depressão. Contudo, a eficácia do exercício varia conforme o gênero e a faixa etária dos participantes. No caso das mulheres, treinos de força e ciclismo mostraram melhores resultados. Para os homens, uma combinação de yoga, tai chi e exercícios aeróbicos foi mais eficaz.
Para os idosos, yoga e atividades aeróbicas foram as mais recomendadas. Já os jovens obtiveram maiores benefícios com o treinamento de força.
Frequência e acompanhamento são cruciais
Embora o estudo não tenha indicado a quantidade exata de exercícios, especialistas recomendam uma prática moderada a vigorosa, com duração de 30 minutos, de três a cinco vezes por semana. Essa rotina pode ajudar a diminuir significativamente os sintomas da depressão. Mesmo pequenas quantidades de exercício já podem fazer diferença. Por isso, é importante começar de forma gradual e ir aumentando com o tempo.
A regularidade é fundamental. Praticar exercícios com frequência traz melhores resultados do que atividades intensas, porém esporádicas. Além disso, o exercício deve ser adaptado às necessidades e condições de cada paciente, ajudando a reduzir o estresse e combater o isolamento social. Para garantir a segurança e eficácia do tratamento, o acompanhamento de um profissional de saúde é essencial.
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