Ansiedade pode dobrar risco de desenvolver Parkinson, entenda
A pesquisa foi feita por cientistas da University College London (UCL), no Reino Unido
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Um estudo publicado em 2024 no British Journal of General Practice apontou que pessoas com ansiedade podem ter o dobro de risco de desenvolver Parkinson. Além da ansiedade, fatores como depressão, distúrbios do sono, fadiga e comprometimento cognitivo acabaram identificados como potenciais riscos para a condição. Hipotensão, tremores, rigidez muscular, desequilíbrio e constipação também são considerados fatores relevantes.
Os pesquisadores acompanharam os sintomas associados à doença, como distúrbios do sono, tremores e desequilíbrio, desde o diagnóstico de ansiedade até um ano antes da confirmação de Parkinson, com o objetivo de identificar quais fatores poderiam aumentar o risco de desenvolvimento da doença.
Após ajustes para idade, gênero, fatores socioeconômicos e estilo de vida, os resultados confirmaram um risco duas vezes maior de Parkinson em pessoas com ansiedade. O estudo também considerou histórico de doenças mentais graves, traumatismos cranianos e demência.
Juan Bazo Alvarez, um dos autores do estudo, explicou que a ansiedade é um sintoma conhecido nos estágios iniciais de Parkinson, mas o estudo trouxe novos dados sobre o risco em pessoas acima de 50 anos com início recente de ansiedade. “Esperamos que a identificação dessa ligação permita o diagnóstico precoce da doença e ajude os pacientes a obterem o tratamento adequado”, afirmou.