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terça-feira, 15 de outubro de 2024
fogo

Incêndios paralisam atividades no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros

Fogo ameaça área preservada no Cerrado

Postado em 25 de setembro de 2024 por Otavio Augusto
Incendios na Chapada. Foto: Divulgação

Na tarde desta quarta-feira (25), novos focos de incêndio atingiram o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, próximo à Vila de São Jorge, localizada a pouco mais de 430 km de Goiânia. A princípio, mais de 60 brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ibama e voluntários estão atuando no combate às chamas. A equipe da Parquetur, concessionária responsável pela administração do parque, retirou todos os visitantes com segurança. Entre os evacuados, estavam acampados na região das Sete Quedas.

O ICMBio emitiu uma nota informando que todas as trilhas e atrativos do parque estarão fechados à visitação nesta quinta-feira (26). Sendo assim, a suspensão das atividades permanecerá até que as autoridades garantam a segurança no local. Enfim, novas informações, incluindo a data de reabertura, serão divulgadas em breve.

A Rede Contrafogo, grupo voluntário da Chapada dos Veadeiros, informou que controlou o foco de incêndio próximo à Cachoeira do Lajeado. No entanto, o fogo ainda se espalha por uma linha extensa no interior do parque, próximo ao Córrego Preguiça. Ou seja, o combate às chamas continua em diversas áreas.

Estima-se que, desde o início deste mês, os incêndios já destruíram cerca de 10 mil hectares da Chapada dos Veadeiros. O fogo atingiu uma área localizada entre o Paralelo 14 e a Cachoeira Simão Correia. O parque, considerado um dos principais locais de preservação do Cerrado, segue sob constante ameaça. Um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou que, até setembro deste ano, o bioma já registrou 48.966 focos de queimada. Esse número só é superado pela Amazônia, que contabilizou 79.175 focos no mesmo período.

Por fim, o Cerrado, conhecido como “berço das águas”, enfrenta o risco de perder cerca de 34% do fluxo de seus rios até 2050, de acordo com dados de monitoramento ambiental.

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