Números de Marçal frustram quem esperava queda após agressões
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Os principais opositores de Pablo Marçal (PRTB) esperavam que ele caísse nas pesquisas após episódios de agressões. Uma nova pesquisa do Real Time Big Data, divulgada na segunda-feira (23/9), mostrou que Marçal não avançou nas intenções de voto na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Embora ele tenha adotado uma abordagem mais conciliatória, a versão “paz e amor”, durante o debate do SBT na sexta-feira (20/9), isso não ajudou.
O levantamento incluiu 1.500 entrevistas entre o dia do debate e o sábado (21/9). Os dados revelam que Marçal oscilou um ponto para baixo em relação à pesquisa anterior, permanecendo, assim, em empate técnico com os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSol), dentro da margem de erro de três pontos percentuais.
Atualmente, Ricardo Nunes lidera com 27% das intenções de voto, um aumento em relação aos 24% registrados anteriormente. Por outro lado, Guilherme Boulos segue com 24%, subindo de 22%. Além disso, Pablo Marçal aparece com 21%, uma leve queda em relação aos 22% da pesquisa anterior.
A pesquisa também destaca outros candidatos: Tabata Amaral (PSB) possui 9% das intenções de voto; José Luiz Datena (PSDB) aparece com 5%; e Marina Helena (Novo) tem 2%. Outros candidatos somam 1% das intenções. Além disso, 5% dos eleitores pretendem votar em branco ou nulo, enquanto 6% não souberam responder.
O cenário permanece competitivo, e a próxima fase da campanha será, portanto, crucial para Marçal e seus adversários. As estratégias de cada candidato nas próximas semanas serão determinantes para a corrida eleitoral.
Marçal e polêmicas
Além disso, as eleições para a Prefeitura de São Paulo estão tensas, e Pablo Marçal (PRTB) se tornou o centro de polêmicas recentes. Durante um debate na última sexta-feira (20), Marçal foi expulso após um membro de sua equipe agredir o marqueteiro de Ricardo Nunes (MDB). O incidente gerou indignação e levantou, assim, questões sobre o clima agressivo na campanha.
Após a confusão, um assessor de Marçal foi agredido e liberado após atendimento médico. Um boletim de ocorrência registrou a agressão como lesão corporal. O incidente, portanto, acentuou a percepção de que a violência se tornou inaceitável na política atual.
Em uma entrevista após os eventos, Pablo Marçal fez declarações polêmicas sobre a violência, afirmando que “um soco vale mais do que uma cadeirada”. Essa frase insinuou que a resposta física à provocação pode ser justificada em certas circunstâncias. Como resultado, o comentário gerou debates acalorados e críticas, reforçando a preocupação com a normalização da violência na política.
Esses episódios não apenas mancharam a imagem da campanha de Marçal, mas também levantaram questões sobre segurança e ética na política brasileira. Com as eleições se aproximando, espera-se que, assim, os candidatos e suas equipes reflitam sobre a importância de manter um debate civilizado e respeitoso.