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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Luto no jornalismo

Triste fim da jornalista Nathalia Urban, do site Brasil 347

O programa “Veias Abertas” se tornou um símbolo de resistência da jornalista

Postado em 26 de setembro de 2024 por Yago Sales

Na manhã de 25 de setembro de 2023, uma notícia cortou o coração de muitos: Nathalia Urban, a jornalista brasileira de 36 anos, havia partido em Edimburgo, na Escócia. Ela trabalhava para o site Brasil 247.

Essa cidade, famosa por suas ruas históricas e pela bruma que envolve seus castelos, agora guarda a memória de uma mulher que lutou com paixão pelas vozes da América Latina. Correspondente do portal Brasil 247, Nathalia se destacou pela criação do programa “Veias Abertas”, um espaço dedicado às lutas dos povos latino-americanos.

Nascida em Santos, São Paulo, Nathalia cresceu sob a tutela de uma mãe solo, cuja força moldou sua visão de mundo. Quando completou 15 anos, decidiu mudar-se para João Pessoa, na Paraíba. Essa mudança foi um marco em sua vida.

Em busca de novos horizontes, começou a estudar antropologia. Contudo, a chamada da comunicação era mais forte; portanto, abandonou o curso e ingressou na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) para estudar ciências sociais.

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A paixão por contar histórias sempre esteve presente em sua trajetória. Ao retornar a Santos, seu foco se voltou para o jornalismo, e ela se inscreveu na Universidade Católica de Santos. O desejo de informar e transformar a realidade a acompanhou em cada passo. Nathalia não se contentava em apenas relatar fatos; sua missão era dar voz a quem muitas vezes era silenciado.

O programa “Veias Abertas” se tornou um símbolo de resistência. Com um formato inovador, Nathalia explorou questões sociais e políticas que frequentemente eram ignoradas pela grande mídia. Ela trouxe à tona as narrativas dos povos indígenas, dos trabalhadores e das comunidades marginalizadas.

Jornalista considerada uma exímia entrevistadora

A habilidade em entrevistar e fazer perguntas incisivas não apenas revelava seu talento, mas também seu profundo compromisso com a verdade.

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Em suas coberturas, Nathalia não era apenas uma observadora; na verdade, ela se envolvia. Em suas reportagens, havia emoção e vida. Além disso, ela se preocupava genuinamente com as histórias que contava. Seu olhar estava sempre atento, buscando entender, portanto, as raízes dos problemas e as esperanças que surgiam nas situações mais difíceis. Assim, a voz dela ecoava as lutas de muitos.

A tragédia de sua partida, portanto, deixa um vazio imenso. Amigos, colegas e familiares compartilham memórias. Cada lembrança é, sem dúvida, uma gota de dor, mas também de amor. A paixão de Nathalia pela justiça e pela verdade foi, assim, uma fonte de inspiração para tantos. Ela fez da comunicação uma arma poderosa contra a opressão.

Na Escócia, onde faleceu, Nathalia se dedicava a relatar a realidade brasileira para um público que, muitas vezes, não compreendia as nuances da cultura e das lutas do Brasil. Além disso, ela era uma ponte, conectando diferentes realidades e mostrando que as lutas sociais transcendem fronteiras. Em suas reportagens, o que se via era mais do que uma narrativa; era, portanto, uma ode à resistência.

Além disso, Nathalia era conhecida por seu espírito livre. Sempre pronta para uma aventura, gostava de viajar e explorar novos lugares. Sua vida foi marcada por um constante desejo de aprender. Assim, a cada nova experiência, ela se tornava mais rica em conhecimento e sensibilidade. O mundo era, de fato, seu campo de exploração, e ela desbravava-o com coragem.

 

 

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