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domingo, 24 de novembro de 2024
saúde

Dificuldade de engolir pode indicar câncer de boca, entenda

A mortalidade é alarmante, com aproximadamente 6,5 mil óbitos registrados a cada ano

Postado em 27 de setembro de 2024 por Yasmin Farias
Dificuldade de engolir pode indicar câncer de boca, entenda
Foto: GettyImages.

O câncer de boca é uma doença que frequentemente evolui de maneira silenciosa, sendo geralmente detectado apenas em estágios avançados. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a incidência anual desse câncer é de cerca de 15 mil casos. A mortalidade é alarmante, com aproximadamente 6,5 mil óbitos registrados a cada ano.

Entre os sintomas mais comuns, destaca-se a dificuldade de engolir, que, conforme a oncologista Andressa Teruya Ramos, pode ocorrer à medida que o tumor cresce e compromete a movimentação da língua. Inicialmente, os sinais podem incluir placas vermelhas ou esbranquiçadas na cavidade oral. “O câncer de boca muitas vezes não é visível e pode afetar áreas como lábios, gengivas, parte interna das bochechas, céu da boca e região sublingual”, explica a especialista.

Os principais sintomas da doença incluem:

Feridas ou úlceras na boca
Manchas vermelhas ou brancas
Dificuldade para mastigar ou engolir
Inchaço ou nódulos no pescoço
Mau hálito
Os hábitos de fumar e o consumo de álcool acabam sendo considerados os principais fatores de risco para o câncer de boca, especialmente quando combinados.

Além disso, o vírus HPV (Papilomavírus Humano) tem se associado ao câncer bucal, principalmente no caso do câncer de orofaringe, que afeta a língua e as amígdalas. O oncologista Wesley Pereira Andrade, membro da Sociedade Brasileira de Mastologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, destaca que o HPV está relacionado a seis tipos de câncer, incluindo os de colo de útero, vagina, vulva, pênis, canal anal e boca.

Embora a maioria das pessoas consiga eliminar o vírus, em alguns casos, ele persiste e pode causar infecções que levam a mutações celulares. “O material genético do HPV se integra ao DNA da célula, resultando em mutações que podem transformar células benignas em malignas”, afirma Andrade.

Os especialistas enfatizam a importância de práticas de sexo seguro, como o uso de preservativos, para prevenir infecções por HPV. A vacinação contra o vírus, disponível na rede pública, é uma estratégia eficaz e deve ser realizada antes ou no início da vida sexual.

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