A arquiteta Rubia de Oliveira, 53 anos, está no centro de uma polêmica envolvendo um Pix de R$ 10 mil que recebeu por engano e se recusa a devolver. O valor foi transferido por Bruna Marques, jornalista e empresária, no dia 16 de setembro. Bruna errou um dígito da chave Pix ao tentar enviar o dinheiro ao marido, Cláudio Fernandes, e, em vez disso, a quantia foi parar na conta de Rubia.

Ao perceber o erro, Bruna tentou entrar em contato imediatamente com a arquiteta. Segundo relato, Rubia atendeu a ligação, ouviu parte da explicação e, logo em seguida, bloqueou a jornalista nos aplicativos de mensagem. Além disso, desativou sua linha telefônica e não possui perfis em redes sociais, o que dificultou ainda mais a comunicação.

Rubia de Oliveira, que mora em Sobradinho e possui um apartamento alugado na Asa Norte, em Brasília, confirmou que recebeu o valor, mas afirmou que não o devolveria. Ela é ex-sócia-proprietária da empresa Nova Arquitetura e Paisagismo Ltda., que funcionou de 1997 até ser encerrada em 2008.

O erro e as tentativas de Bruna para reaver o dinheiro

A transferência indevida ocorreu devido a um erro de um dígito nas chaves Pix, que eram quase idênticas. A de Cláudio terminava em 1063, e a de Rubia, em 2063, sendo assim, a troca acidental dos números levou ao equívoco. Bruna então contatou sua instituição bancária, o Banco C6, e também o Banco Central, mas ambos informaram que não seria possível cancelar a transação.

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O valor caiu em uma conta do Banco do Brasil de Rubia, com sede em Canelinha, município de Santa Catarina. Bruna conseguiu falar com o gerente da agência, que contatou Rubia e sugeriu que ela fosse até uma agência em Brasília para resolver a situação. No entanto, Rubia afirmou que o dinheiro lhe pertencia.

Enfim, no dia seguinte, Rubia desbloqueou Bruna no WhatsApp para confirmar o recebimento do valor. Ela pediu os dados da jornalista para devolver o dinheiro, mas, após Bruna fornecer as informações, Rubia novamente bloqueou a empresária e desativou a linha.

Ação na Justiça e investigação policial

Bruna Marques, que também é correntista do Banco do Brasil, buscou orientação com sua gerente, que informou sobre a declaração de Rubia à instituição. Por fim, a jornalista procurou a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e alterou o registro de ocorrência para apropriação indébita. A 21ª Delegacia de Polícia de Taguatinga Sul agora investiga o caso.

Além da investigação policial, Bruna ingressou com uma ação judicial para reaver os R$ 10 mil e solicitou uma indenização por danos morais no mesmo valor. Uma audiência está marcada para o dia 18 de novembro. Embora tenha solicitado a antecipação de tutela, a Justiça negou o pedido. Até lá, resta a Bruna aguardar o desfecho do caso, enquanto torce para que Rubia decida devolver o valor recebido indevidamente.