A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que aplicará a bandeira tarifária vermelha patamar 2 em outubro, ou seja contas de luz ficam mais caras em outubro. A medida resultará em uma cobrança extra de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos. O risco hidrológico, provocado pela baixa previsão de chuvas, e o aumento do preço da energia elétrica motivaram a decisão.

Essa é a primeira vez, desde agosto de 2021, que a bandeira tarifária mais alta é acionada. A seca na região Norte, que reduz a geração de energia nas hidrelétricas, exige o uso de usinas termelétricas. Essas usinas, por serem mais caras, impactam diretamente o custo da energia.

Conta de luz ficará ainda mais cara em outubro

A seca afeta a geração de energia no Brasil. Com isso, o aumento no custo de produção acaba repassado ao consumidor. O consumo médio de energia nas residências urbanas no Brasil fica entre 150 e 200 kWh. Dessa forma, os consumidores devem sentir um aumento significativo nas faturas.

Em setembro, a bandeira tarifária já era vermelha, mas no patamar 1, com uma cobrança menor. Agora, com o patamar 2 em vigor, o impacto será maior. O risco hidrológico e a elevação do preço da energia explicam essa mudança.

O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, visa refletir os custos variáveis da geração de energia. A bandeira vermelha, patamar 2, indica condições extremamente desfavoráveis para a geração de energia renovável, como a hidrelétrica, exigindo a ativação de termelétricas.

Em agosto de 2021, o governo chegou a adotar a bandeira “escassez hídrica”, a mais cara até o momento. Essa medida foi necessária para enfrentar a crise hídrica daquela época. Agora, a seca prolongada e as queimadas têm agravado o cenário, principalmente no Norte, obrigando a ativação das termelétricas.

Contas de luz ficam mais caras em outubro. Por fim, a Aneel recomenda que os consumidores busquem reduzir o consumo de energia. Isso ajudará a minimizar o impacto da nova tarifa.