O Brasil perdeu nesta quinta-feira (3) Cid Moreira, primeiro e mais lembrado âncora do “Jornal Nacional”, da Globo, aos 97 anos. Cid Moreira morreu brigado com os filhos Roger e Rodrigo, resultado de um processo judicial que envolveu também sua esposa, Fátima Sampaio. A briga teve início em 2021, quando os filhos entraram com uma ação na Justiça.

Cid Moreira morreu brigado com os filhos

A princípio, Roger e Rodrigo pediram a interdição do pai e manifestaram interesse em garantir uma parte da futura herança. O pedido foi feito com urgência no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Segundo os filhos, Cid era “uma pessoa idosa, senil e com problemas psiquiátricos ocasionados pela idade”. Além disso, eles acusaram Fátima de “estelionato senil, apropriação indébita e formação de quadrilha”. Entre as acusações, alegaram que a esposa maltratava o jornalista, mantinha-o em cárcere privado e impedia visitas de familiares. Também afirmaram que ela teria oferecido comida estragada, deixado Cid sem medicação e o convencido a deserdá-los.

Cid, por sua vez, sempre negou todas as acusações. Ele afirmou que Fátima cuidava bem dele e que as denúncias dos filhos eram invenções. Para defender a esposa, Cid apresentou áudios e imagens e permitiu total acesso à sua situação. Ao final, ele venceu a disputa judicial, que ocorreu em segredo de Justiça, mesmo que o caso tenha se tornado de conhecimento público.

Cid Moreira morreu brigado com os filhos. Em 2023, em entrevista ao F5, Cid comentou sobre o impacto do processo. Segundo ele, a questão ainda o machucava, embora o considerasse parte do passado. “Eu trabalho desde os oito anos e vem alguém que não quer trabalhar exigir coisas”, afirmou. Por fim, ele ressaltou que sua filosofia de vida sempre foi cumprir seus compromissos e fazer o que é certo, independentemente das circunstâncias.