Desde setembro de 2022, Bruninho Samudio não recebe nenhum pagamento do ex-goleiro Bruno, seu pai biológico. Uma decisão judicial estabelece que ele deveria receber dois salários mínimos por mês, mas esse valor raramente foi pago ao longo de seus 14 anos de vida. Como resultado, Bruno deve cerca de R$ 5 milhões ao adolescente.

“A Eliza morreu lutando pelos direitos do filho, mas isso nunca aconteceu. Continuo buscando o que é justo, e Bruninho continua sendo negligenciado”, disse Sônia Moura, avó de Bruninho. Com a mudança do garoto para o Rio de Janeiro, onde ele treina nas categorias de base do Botafogo como goleiro, o processo judicial, que se arrasta há anos, será transferido para a cidade. “Vai voltar para onde tudo começou”, observa Sônia.

Em 2022, o ex-goleiro realizou uma rifa de camisas autografadas para quitar alguns meses de pensão, temendo a prisão por não cumprir suas obrigações alimentícias. Desde então, ele não fez mais nenhum depósito na conta do filho. Desde 2023, ele enfrenta uma sentença que autoriza a penhora de bens, mas relatos indicam que não possui ativos registrados em seu nome.

Além das pensões, Bruno ainda deve a Bruninho uma indenização por danos morais que já ultrapassa R$ 1 milhão. O ex-goleiro tentou diversos recursos para evitar o pagamento, mas perdeu em última instância no Supremo Tribunal Federal.