Masturbação em Excesso: médico adverte sobre problemas de saúde masculina
A prática excessiva pode ter consequências negativas, como a disfunção erétil, impactando a vida sexual dos homens
Com moderação, a masturbação pode ser uma aliada no combate ao estresse, na melhoria da qualidade do sono e no bem-estar emocional. No entanto, um clínico-geral alertou que a prática excessiva pode ter consequências negativas, como a disfunção erétil, impactando a vida sexual dos homens.
Donald Grant, clínico-geral e consultor sênior da The Independent Pharmacy, afirma: “Não existe uma regra fixa sobre a frequência ideal de masturbação. Contudo, quando a prática se torna compulsiva, pode afetar a saúde sexual e física de diversas maneiras.”
A masturbação em excesso pode resultar em diminuição da sensibilidade na região genital, dificultando a capacidade de alcançar prazer. Esse fenômeno ocorre devido à sobrecarga nas terminações nervosas, que podem se desgastar e se tornar menos responsivas. Além disso, métodos muito bruscos podem causar danos por atrito.
Uma questão crescente é a relação entre o uso de pornografia e o aumento da disfunção erétil induzida por esse tipo de material (PIED). Grant observa que “o consumo excessivo de pornografia pode levar à dessensibilização, dificultando a obtenção e a manutenção da ereção, uma vez que os homens se acostumam com as experiências sexuais intensas mostradas nas telas. Isso pode resultar em uma diminuição do interesse por relações sexuais com parceiros reais, já que a prioridade passa a ser a pornografia e a masturbação.”
Felizmente, especialistas afirmam que os problemas relacionados à disfunção erétil são, em sua maioria, de curto prazo. Estratégias como fazer pausas e usar lubrificantes podem ajudar a restaurar a sensibilidade.
Além disso, existem tratamentos eficazes para a disfunção erétil, permitindo que os homens mantenham uma vida sexual saudável. O sildenafil e a tadalafila, por exemplo, estão entre os medicamentos mais prescritos no Brasil nos últimos dois anos para tratar esse problema.
No Reino Unido, em 2023, foram emitidas 4,57 milhões de prescrições de sildenafil, também conhecido como Viagra, além de outros medicamentos como Cialis e Levitra. Esse número representa um aumento de 130 mil prescrições em relação ao ano anterior e 20 mil a mais em comparação a 2019.
Grant finaliza: “Os hábitos de masturbação variam amplamente entre os indivíduos, com alguns praticando diariamente, outros semanalmente ou até nunca. É fundamental monitorar essa atividade para que não interfira na vida social, profissional ou nos relacionamentos.”