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domingo, 22 de dezembro de 2024
Roberto Saturnino Braga

Velório de Roberto Saturnino Braga, ex-prefeito do Rio, será no Palácio da Cidade

Saturnino faleceu na quinta-feira (3) após internar-se no Hospital Pró-Cardíaco

Postado em 4 de outubro de 2024 por Micael Silva
Eleito senador pela primeira vez em 1974, Saturnino fez oposição à ditadura militar Foto: Lia de Paula/Agência Senado
Eleito senador pela primeira vez em 1974, Saturnino fez oposição à ditadura militar Foto: Lia de Paula/Agência Senado

Nesta sexta-feira (4), o Palácio da Cidade, localizado na Rua São Clemente, em Botafogo, Zona Sul do Rio, receberá o velório do ex-prefeito do Rio de Janeiro, Roberto Saturnino Braga, de 93 anos. A cerimônia está programada para começar às 10h e se estender até às 14h, com o sepultamento a seguir no Cemitério São João Batista.

Saturnino faleceu na quinta-feira (3) após internar-se no Hospital Pró-Cardíaco, onde recebeu cuidados paliativos por causa de uma doença pulmonar obstrutiva crônica, segundo sua filha, a psicóloga Maria Adélia Saturnino Braga. Ele era viúvo e deixa três filhos: Maria Adélia, Bruno e Antônio.

O ex-prefeito tinha uma forte ligação com o bairro de Copacabana, que frequentemente mencionava em suas memórias. Na série “Depoimentos Cariocas”, do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, ele relembrou a importância de sua infância na Rua Tonelero. “Ali tinha uma vilazinha onde a gente se expressava e brincava com os meninos e meninas. Aquele era o nosso pedaço de infância”, relembrou.

Carreira Política

Roberto Saturnino Braga nasceu em uma família política; era filho do ex-deputado federal Francisco Saturnino Braga e neto do ex-deputado federal Ramiro Saturnino Braga. Roberto Saturnino Braga iniciou sua carreira política em 1963 como deputado federal, mas a Ditadura Militar barrou sua reeleição em 1966. Na década seguinte, ele se filiou ao MDB e foi eleito senador pelo Rio de Janeiro, cargo que ocupou de 1975 a 1985.

Em uma entrevista em 2016, Saturnino afirmou ao jornalista Geneton Moraes Neto que a política é “a mais nobre das ocupações do ser humano, pois cuida dos destinos da coletividade da nação.”

Em 1986, Saturnino foi eleito prefeito do Rio de Janeiro pelo PDT, tornando-se o primeiro a conquistar o cargo por voto direto, com mais de 40% dos votos. Após desentendimentos com Leonel Brizola, rompeu com o PDT e se filiou ao PSB. Em seu discurso de vitória, manifestou um sentimento de orgulho e humildade em reconhecer o valor de seus companheiros de campanha.

Durante seu governo, a situação econômica se deteriorou, levando o Banco Central a proibir a prefeitura de contrair novos empréstimos. Em 1988, Saturnino declarou a falência do município e deixou o cargo.

Quatro anos depois, retornou à política como vereador no Rio de Janeiro, cargo que ocupou até 1996, quando assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Niterói. Em 1998, foi reeleito para o Senado, onde encerrou sua trajetória política.

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