Recentemente, a influência das redes sociais na percepção do corpo entre os jovens se tornou um tema de preocupação crescente entre especialistas em saúde. O Dr. Josue Montedonio, especialista em cirurgia plástica, alerta sobre os riscos que as pressões externas podem causar nos adolescentes. Ele enfatiza a importância de ter maturidade emocional antes de decidir por qualquer procedimento estético.

Pressão das redes sociais

As redes sociais bombardeiam os jovens com imagens de corpos considerados “perfeitos”, criando uma pressão intensa. Essa situação leva muitos adolescentes a buscarem cirurgias estéticas antes da hora. De acordo com o Dr. Montedonio, essas plataformas amplificam padrões de beleza irreais, fazendo com que muitos jovens se sintam inadequados em relação aos seus corpos naturais.

“Esse impacto psicológico pode ser devastador”, afirma o médico. Ele alerta que a busca por soluções rápidas, como a cirurgia plástica, pode ocorrer sem a reflexão adequada sobre os riscos e benefícios envolvidos.

O caso de Duda Guedes

Um exemplo recente que gerou bastante discussão é o caso de Duda Guedes, uma influencer e namorada de Benício Huck, filho dos apresentadores Luciano Huck e Angélica. Duda decidiu colocar prótese de silicone aos 16 anos, e a decisão chamou a atenção do público durante o Rock in Rio. Essa situação levanta debates sobre a crescente tendência de adolescentes se submeterem a cirurgias estéticas em idades tão jovens.

Muitos questionam se essa decisão precoce foi influenciada pela pressão social e estética que as redes sociais exacerbam. Esse caso destaca como a exposição a padrões de beleza pode impactar as decisões estéticas em um momento crítico do desenvolvimento físico e emocional dos jovens.

Maturidade e decisão consciente

O Dr. Montedonio destaca que a decisão de realizar uma cirurgia estética em adolescentes precisa ser cuidadosamente avaliada. É crucial considerar a maturidade emocional e garantir que o crescimento físico esteja completo.

“Os corpos dos adolescentes ainda estão em desenvolvimento, e muitas inseguranças podem se resolver naturalmente com o tempo”, explica ele. Além disso, a maturidade emocional é fundamental. O médico reforça que um adolescente pode não estar preparado para lidar com as mudanças e possíveis complicações decorrentes de uma cirurgia estética.

O papel dos pais e educadores

Os pais e educadores desempenham um papel crucial na orientação dos adolescentes sobre a percepção do corpo e as opções de cirurgia estética. O Dr. Montedonio aconselha: “Os pais devem estar atentos aos sinais de que seu filho está lutando com a imagem corporal e buscar conversar abertamente sobre o assunto”. Oferecer suporte emocional e promover a aceitação do próprio corpo ajuda a reduzir a pressão para se conformar a padrões irreais.