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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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ESTRATÉGIAS

Boulos busca suavizar imagem com apoio de Alckmin na campanha

Boulos busca reverter críticas passadas em novo contexto

Postado em 9 de outubro de 2024 por Vinicius Lima
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Alckmin como Estratégia para Atrair Eleitores Centristas | Foto: Reprodução

A campanha de Guilherme Boulos (PSol) à Prefeitura de São Paulo se articula para aproveitar a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) em suas agendas de rua, com a expectativa de suavizar a imagem de “radical” que muitos atribuem ao psolista. Com a alta rejeição que Boulos enfrenta na cidade, a estratégia é vista como uma maneira de atrair eleitores mais moderados. Na noite de segunda-feira (7/10), um dia após o primeiro turno das eleições, Alckmin fez um post em sua conta no Instagram declarando apoio a Boulos: “Ao lado do presidente Lula, por São Paulo e com Guilherme Boulos”, afirmou.

Uma Nova Perspectiva na Campanha

O entorno de Boulos acredita que a figura de Alckmin, conhecido por seu perfil moderado e sua experiência como governador de São Paulo por quatro mandatos, pode funcionar como um ativo valioso. Isso pode ajudar o candidato a reduzir a pecha de “invasor”, uma marca que adversários colaram a ele devido à sua atuação enquanto líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Para tentar desfazer essa imagem, Boulos tem reforçado sua narrativa de amadurecimento, enfatizando que não defende manifestações violentas e se posicionando como um pai de família que vive na periferia, com histórias de sucesso na ajuda a 15 mil famílias a conquistarem imóveis próprios a partir das ocupações.

Na agenda de terça-feira (8/10), Boulos confirmou que Alckmin “vai se engajar, sim” em sua campanha e expressou agradecimentos ao ex-governador e à deputada Tabata Amaral (PSB), que foi derrotada no primeiro turno, por seu apoio no segundo turno.

Críticas Passadas e Desafios Atuais de Boulos

Entretanto, a relação entre Boulos e Alckmin não é isenta de complexidades. O psolista já acumulou uma série de críticas ao ex-tucano no passado. Em 2018, quando ambos foram candidatos à Presidência da República, Boulos chegou a classificar Alckmin como “Sergio Cabral que não está preso”, aludindo ao ex-governador do Rio de Janeiro, que foi preso por corrupção. Além disso, em entrevistas anteriores, Boulos expressou seu descontentamento com a escolha de Alckmin como vice de Lula em 2022, alegando que o ex-governador representava “uma política feita sem participação popular e que retira direitos”.

Boulos chegou a afirmar em janeiro de 2022 que não via como Alckmin poderia agregar votos, destacando que um conservador de São Paulo não votaria em Lula apenas por causa da candidatura do ex-tucano a vice. Apesar das críticas do passado, a nova estratégia visa unir forças para conquistar uma base eleitoral mais ampla e tentar mudar a percepção pública sobre sua candidatura. Essa aliança inesperada, portanto, pode se revelar crucial na corrida eleitoral de Boulos à Prefeitura de São Paulo.

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