Quase 30 anos após a morte de Tupac Shakur, sua família contratou o renomado advogado Alex Spiro para investigar possíveis conexões entre o magnata do hip-hop Sean ‘Diddy’ Combs e o assassinato do rapper, ocorrido em 1996. A contratação ocorreu em meio à prisão de Diddy, acusado de envolvimento em diversos crimes.

A decisão da família de cantor visa esclarecer se há relação entre Diddy e o crime que tirou a vida do artista. Em entrevista recente à NewsNation, Sheryl McCollum, investigadora que participou do caso na época, levantou novas suspeitas sobre o papel de Diddy no atentado. Segundo ela, as circunstâncias do crime de 1994, quando Tupac foi baleado no Quad Studios, em Nova York, não se assemelham a um simples assalto. “Você não precisa atirar cinco vezes em alguém para tirar suas joias e dinheiro”, declarou McCollum, ressaltando que, enquanto Tupac foi atingido, Diddy e sua comitiva de 40 pessoas saíram ilesos do local. “Quem teria mais dinheiro e joias? Quarenta pessoas ou apenas Tupac?”, questionou a investigadora.

O caso ainda é cercado de mistérios. Em 1996, o rapper foi alvejado em Las Vegas após assistir a uma luta de boxe. Os tiros atingiram seu braço, coxa e duas vezes seu peito, perfurando um pulmão. Ele estava no banco do passageiro de um carro dirigido por Marion ‘Suge’ Knight, fundador da gravadora Death Row Records.

Em outra frente das investigações, Duane ‘Keefe D’ Davis foi preso no ano passado acusado de envolvimento no assassinato de Tupac. Ele aguarda julgamento, previsto para o próximo ano. Durante seu depoimento, Davis afirmou que Diddy ofereceu um milhão de dólares para matar o rapper.

O caso, que continua sem solução definitiva, ganha novos contornos com as recentes investigações. A família de Tupac espera que, com a contratação de Alex Spiro, a verdade sobre a morte do artista venha à tona, trazendo justiça e encerramento para um dos episódios mais emblemáticos do hip-hop americano.