Após 24 horas, mais de 1,35 milhão de pessoas seguem sem energia em São Paulo
Apagão afetou mais de 2 milhões de pessoas
Um dia após o forte temporal que atingiu o estado de São Paulo, cerca de 1,35 milhão de pessoas seguem sem energia em São Paulo na noite deste sábado (12/10). A Enel, empresa responsável pela distribuição de energia, ainda não deu uma previsão de quando o serviço será completamente restabelecido. De acordo com o último balanço da companhia, aproximadamente 750 mil imóveis tiveram a energia restabelecida até as 18h40. Na sexta-feira (11/10), o apagão afetou mais de 2 milhões de pessoas.
Em São Paulo, os bairros mais afetados pela falta de luz são principalmente nas zonas oeste e sul da capital. Entre eles estão Santo Amaro, Jardim São Luís, Socorro, Pinheiros, Americanópolis, Vila Andrade, Jardim Vaz de Lima, Alto de Pinheiros, Jardim Martini e Jardim Mariane. Além da capital, outros municípios da Grande São Paulo, como Taboão da Serra, Cotia, São Bernardo do Campo, Santo André e Diadema, também sofrem com o apagão.
1,35 milhão de pessoas seguem sem energia em São Paulo
No interior do estado, o temporal trouxe consequências graves. Em Bauru, três pessoas morreram após a queda de um muro, entre elas uma criança. Outras quatro mortes foram registradas em diferentes regiões do estado. A falta de energia elétrica, por sua vez, também prejudicou o abastecimento de água. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), as cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, São Caetano, Santo André, Cotia e Cajamar estão enfrentando problemas na distribuição de água devido à falta de eletricidade.
A situação levou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a se manifestar publicamente. Em comunicado, a agência criticou a resposta da Enel, afirmando que a empresa não está atendendo às expectativas dos consumidores e não cumpre suas obrigações em relação ao nível de serviço. A Aneel informou que pediu à sua área de fiscalização que intime a Enel para apresentar explicações e uma proposta imediata de adequação do serviço, diante das falhas registradas após as chuvas.
Em entrevista coletiva na manhã deste sábado, o presidente da Enel em São Paulo, Guilherme Lencastre, evitou estabelecer um prazo para o restabelecimento completo da energia. Ele afirmou que a situação é complexa e envolve diversas variáveis, o que dificulta a previsão. “Tem muitas variáveis aqui e eu não quero colocar uma expectativa que seja frustrada. Precisamos trabalhar com o avanço dessas ações e olhar de forma efetiva para a mobilização das equipes e atuação nas áreas críticas”, disse Lencastre.
Ainda segundo Lencastre, 17 linhas de alta tensão foram afetadas pelo temporal, incluindo uma na zona oeste da capital, que foi danificada pela queda de uma árvore de grande porte. “Quando conseguirmos resolver esse problema nas linhas de transmissão de alta tensão, uma quantidade significativa de carga será restabelecida”, explicou o executivo.
Por fim, a Enel segue mobilizando equipes para atuar nas regiões mais críticas, já que 1,35 milhão de pessoas seguem sem energia em São Paulo, enquanto moradores e empresas aguardam o retorno da energia elétrica. A situação, até o momento, segue sem uma solução definitiva, impactando diretamente a vida de milhares de paulistanos e moradores da região metropolitana.