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segunda-feira, 18 de novembro de 2024
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Eleições 2024

Histórico eleitoral reforça favoritismo de Ricardo Nunes contra Boulos

Nunes, atual prefeito de São Paulo, obteve 29,48% dos votos válidos no primeiro turno, apenas 0,41 ponto percentual a mais do que Boulos, que ficou com 29,07%.

Postado em 13 de outubro de 2024 por Rikelme Santos
histórico
Foto-Edson Lopes JR./Prefeitura SP e Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O histórico das eleições municipais de São Paulo apresenta um cenário desfavorável para Guilherme Boulos (PSol) no segundo turno. Em sete disputas realizadas nos últimos anos, em apenas uma houve virada entre os dois turnos. Isso reforça o favoritismo de Ricardo Nunes (MDB), que terminou o primeiro turno com uma pequena vantagem sobre Boulos, mas já aparece à frente nas pesquisas do segundo turno.

Nunes, atual prefeito de São Paulo, obteve 29,48% dos votos válidos no primeiro turno, apenas 0,41 ponto percentual a mais do que Boulos, que ficou com 29,07%. A diferença apertada, no entanto, não reflete o cenário atual. De acordo com a pesquisa do Datafolha divulgada no dia 10 de outubro, Nunes lidera com 55% das intenções de voto, enquanto Boulos aparece com 38%.

Histórico de Viradas

Em São Paulo, o único caso de virada no segundo turno ocorreu em 2012, quando José Serra (PSDB) venceu o primeiro turno com 30,7% dos votos válidos, enquanto Fernando Haddad (PT) ficou logo atrás, com 28,9%. No entanto, no início do segundo turno, Haddad começou a ganhar força e ultrapassou Serra nas pesquisas. O petista acabou vencendo a eleição, impulsionado por sua imagem de renovação e pela boa avaliação que tinha como ministro da Educação no governo Lula.

Para o histórico das eleições virada de Haddad foi uma exceção em uma série de eleições onde o primeiro colocado no primeiro turno manteve-se na frente até o final. Desde então, nenhum outro candidato conseguiu reverter uma desvantagem entre os dois turnos. Esse retrospecto coloca uma barreira extra para Guilherme Boulos, que precisará de uma grande mobilização de seus eleitores e uma virada no cenário eleitoral para desbancar o atual prefeito.

Desgaste e Apoio Político

O favoritismo de Ricardo Nunes também é reforçado por seu apoio político. Coligado com 12 partidos, Nunes teve 65% do tempo de rádio e TV durante o primeiro turno, o que ampliou sua visibilidade junto ao eleitorado. Boulos, por outro lado, enfrentou uma campanha com menos recursos, mas conseguiu se aproximar de Nunes na primeira etapa da disputa.

Agora, no segundo turno, Boulos precisa enfrentar a tarefa de reverter uma desvantagem que vai além dos números das pesquisas. Ele terá que superar o histórico de São Paulo, onde a liderança no primeiro turno tem se mostrado um forte indicativo de vitória no segundo.

Leia também: Datena declara apoio a Boulos: “Contra o crime organizado”

No passado, outros candidatos enfrentaram cenários similares e não conseguiram virar a disputa. Fernando Haddad, por exemplo, tentou a reeleição em 2016, mas foi derrotado no primeiro turno por João Doria (PSDB), que venceu com 53,2% dos votos válidos, encerrando a disputa já na primeira fase. A rejeição ao PT após as denúncias da Operação Lava Jato e as críticas ao seu governo foram fatores determinantes para a derrota de Haddad.

Desafios para Boulos

Para Boulos, um dos principais desafios será ampliar sua base de apoio entre os eleitores que votaram em outros candidatos no primeiro turno. Além disso, ele terá que reverter a desvantagem nas pesquisas, que, apesar de não ser insuperável, já aponta uma tendência favorável a Nunes.

A estratégia de Boulos para o segundo turno envolve fortalecer sua presença nas redes sociais e tentar mobilizar o eleitorado jovem, que tradicionalmente se alinha mais com suas propostas progressistas. No entanto, ele também precisará dialogar com setores mais moderados e conquistar eleitores que não votaram no primeiro turno, o que pode ser decisivo para uma eventual virada.

Expectativa para o 2º Turno

Embora as eleições de São Paulo já tenham apresentado um histórico de virada no passado, o cenário atual parece consolidar o favoritismo de Nunes. Com uma vantagem significativa nas pesquisas e o apoio de um grande número de partidos, Nunes entra no segundo turno com uma posição confortável. Boulos, por sua vez, enfrenta um desafio histórico e político, precisando não apenas de votos, mas de uma campanha intensa para reverter o cenário.

As próximas semanas serão cruciais para definir se São Paulo seguirá a tendência histórica de continuidade entre os turnos ou se Boulos conseguirá repetir o feito histórico de Haddad em 2012, superando a desvantagem e conquistando a vitória na reta final.

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