Dólar aumenta para R$ 5,64 com força do exterior e expectativa de estímulo na China
Na B3, o contrato de dólar futuro para o primeiro vencimento, apresentava um aumento de 0,74%, cotado a R$ 5,657
O dólar registrou uma alta em relação ao real nesta segunda-feira, acompanhando a força da moeda americana no mercado internacional. Às 9h49, a cotação do dólar à vista subia 0,46%, alcançando R$ 5,6412 na venda..
Os investidores estavam atentos às notícias sobre um novo pacote de estímulo da China, o que gerou movimento no mercado cambial. No último sábado, o Ministério das Finanças da China anunciou planos de “elevar significativamente” a dívida do país para dar um impulso à economia, mas não especificou o montante do estímulo, o que deixou os agentes financeiros cautelosos e impactou o apetite por ativos emergentes, incluindo o Brasil.
A queda nos preços das commodities, particularmente do petróleo, também teve efeito sobre os mercados, dado que a China é o maior importador global de matérias-primas. Analistas do BTG Pactual destacaram que, apesar das medidas de estímulo, a atividade econômica na China deve continuar moderada no curto prazo, especialmente até que o setor imobiliário se estabilize.
Índice do dólar e expectativas para os próximos dias
A moeda americana também se valorizou frente a outras divisas, como o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda em relação a uma cesta de seis divisas, avançava 0,15%, a 103,190.
A expectativa de um afrouxamento monetário gradual por parte do Federal Reserve (Fed) tem sustentado a força do dólar. Dados recentes indicaram uma inflação ao consumidor acima do esperado nos Estados Unidos, levando operadores a precificarem uma probabilidade de 84% de um corte de 25 pontos-base na taxa de juros do Fed em suas próximas reuniões.
No cenário interno, o mercado observava de perto os novos dados sobre a economia brasileira, incluindo declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou um avanço de 0,2% em agosto em relação ao mês anterior, sinalizando crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
Durante o evento Macro Day, promovido pelo Itaú BBA, Haddad mencionou que o governo pode revisar suas previsões de crescimento do PIB para 2024. Galípolo, em seus primeiros comentários após a aprovação de sua indicação ao cargo de presidente do Banco Central pelo Senado, também participará do evento.