Brasil é o 4º país mais estressado do mundo, aponta relatório global
46% das mulheres são estressadas
Segundo o relatório “World Mental Health Day 2024”, divulgado pelo Instituto Ipsos na última segunda-feira (14/10), o Brasil é o 4º país mais estressado do mundo. O estudo, que analisou a saúde mental em 31 países, revelou que 77% dos brasileiros já refletiram sobre a importância de cuidar da saúde mental, um número significativo que mostra a crescente conscientização no país sobre o tema.
O relatório foi baseado em entrevistas com 23.274 adultos, de 18 a 74 anos, realizadas entre 21 de julho e 4 de agosto de 2023. Além do Brasil, o estudo incluiu países como Austrália, Canadá, França, Alemanha, Estados Unidos e Japão.
Estresse no mundo
Globalmente, o estresse também é uma preocupação relevante. De acordo com o relatório, 62% da população mundial afirmou ter se sentido tão estressada que o sintoma impactou a vida cotidiana ao menos uma vez. A pesquisa revelou ainda que a saúde mental é uma das principais preocupações em diversos países. No Chile, por exemplo, 69% dos entrevistados relataram que a saúde mental é um grande problema, seguido da Suécia (68%) e Austrália (60%). No Brasil, 54% concordaram com essa afirmação, colocando o país em nono lugar no ranking.
Por outro lado, alguns países apresentaram índices menores de preocupação com o tema. No México, apenas 25% dos entrevistados consideram a saúde mental uma questão relevante, seguido da Índia (26%) e Japão (28%).
Brasil é o 4º país mais estressado do mundo
A pesquisa destacou que 46% das mulheres da geração Z (nascidas entre 1997 e 2012) enfrentam impactos significativos em sua rotina devido ao estresse. Entre os homens da mesma geração, esse número cai para 33%. Os autores do estudo sugerem que essa diferença pode estar relacionada às pressões sociais e emocionais enfrentadas pelas mulheres, refletindo padrões de comportamento e expectativas de gênero ainda presentes.
Entre os Millennials (nascidos entre 1981 e 1996), 37% relataram ter sentido o estresse afetar sua vida cotidiana. Além disso, 22% dessa geração afirmaram que o estresse foi tão intenso que os afastou do trabalho temporariamente. Na geração X (nascidos entre 1965 e 1980), os percentuais são menores, com 32% relatando impactos na vida diária e 17% sendo afastados do trabalho por estresse.
Em contrapartida, a geração “Baby Boomer” (nascidos entre 1945 e 1964) apresentou números mais baixos. Apenas 25% das mulheres e 19% dos homens dessa geração disseram que o estresse impactou sua rotina.