Dorival Júnior cobra “trabalho sujo” da Seleção para vencer retrancas
Dorival quer que os jogadores se movimentem constantemente
O técnico Dorival Júnior tem uma missão clara para a Seleção Brasileira: intensificar o “trabalho sujo”. Em entrevista antes da partida contra o Peru, ele enfatizou a necessidade dessa ação para melhorar o desempenho ofensivo do time. “Temos que fazer um pouco mais o trabalho sujo”, afirmou.
O “trabalho sujo” refere-se a um movimento estratégico dos jogadores atacantes. Mesmo que não recebam a bola, eles precisam se deslocar rapidamente para arrastar defensores e abrir espaço. Essa tática é vital para furar retrancas adversárias e gerar mais oportunidades de gol.
Um exemplo prático ocorreu na última partida contra o Chile. Raphinha, ao disparar para a ponta direita, criou espaço no centro da área. Mesmo em posição de impedimento, a movimentação de Raphinha permitiu que Igor Jesus finalizasse com espaço após um cruzamento decisivo de Savinho. Esse tipo de ação é o que Dorival deseja ver com mais frequência.
A ideia é que os jogadores não fiquem parados, aguardando a bola. Dorival quer que eles se movimentem constantemente, facilitando a vida do portador da bola. Esse “trabalho sujo” não se limita apenas a meias e atacantes. Laterais, como Vanderson, também são fundamentais nesse esquema. Vanderson, por ser mais ofensivo que Danilo, tem a missão de abrir espaços na defesa adversária.
Dorival cita evolução
Dorival já notou uma evolução nas movimentações da equipe. “O que ganhamos na última partida foram os movimentos de infiltração”, disse ele. Jogadores como Igor, Raphinha e Savinho têm se destacado nesse aspecto, criando novas condições de jogo. O treinador acredita que a liberdade de movimento desses atletas é essencial para o sucesso do time.
Durante a Copa América, Dorival já havia mencionado a falta de movimentação. Em campos menores, esse “trabalho sujo” se torna ainda mais crucial. Ele defende que os ataques devem ser elaborados, envolvendo múltiplos passes que puxem a defesa adversária e abram espaços. “Movimento em profundidade carrega a linha para perto do goleiro”, explica.
Outra tática que Dorival pede é que os jogadores se desmarquem e recuem um pouco para receber a bola de frente. Jogadores como Rodrygo, Raphinha e Savinho têm essa característica, permitindo que a Seleção explore mais as jogadas ofensivas. Eles formarão o ataque com Igor Jesus na partida contra o Peru.
A necessidade do “trabalho sujo” se torna ainda mais evidente diante da situação da Seleção nas Eliminatórias. Atualmente, o Brasil ocupa a quarta colocação, com 13 pontos, seis a menos que a líder Argentina. Vencer o Peru é essencial para reverter essa situação.
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Dorival acredita que, se a equipe executar bem o “trabalho sujo”, terá grandes chances de sucesso. A ação é uma forma de “limpar” a situação da Seleção nas Eliminatórias. A expectativa é alta, e o compromisso dos jogadores em seguir essa estratégia será fundamental.
O desafio contra o Peru no Mané Garrincha pode ser decisivo. A Seleção precisa mostrar que entendeu a mensagem de Dorival e está pronta para aplicar o “trabalho sujo”. Com isso, não apenas espera-se aumentar a produção ofensiva, mas também reacender a esperança de uma classificação confortável para a Copa do Mundo.
Com a estratégia adequada e a determinação dos jogadores, o Brasil pode retomar o caminho das vitórias e melhorar sua posição nas Eliminatórias. O “trabalho sujo” pode ser o diferencial para a Seleção brilhar novamente.