Polícia investiga extorsões e ameaças contra advogados em Rio Verde
Criminosos ameaçam advogados em Rio Verde após assassinato recente.
A Polícia Civil investiga uma série de ameaças e tentativas de extorsão contra advogados em Rio Verde, Goiás. As ligações começaram após o assassinato do advogado Cássio Bruno Barroso, ocorrido em 3 de outubro. Os telefonemas, que têm DDD do Rio de Janeiro, visam extorquir dinheiro em troca da liberação de comparsas presos.
Quatro advogados já registraram boletins de ocorrência sobre as ameaças. O delegado Jorge Mesquita confirmou que os criminosos fazem ligações e exigem pagamentos altos, alegando que a vida dos advogados e de suas famílias está em risco.
No caso mais recente, uma advogada recebeu uma ligação na segunda-feira (14), onde o golpista revelou detalhes sobre seu endereço e seus filhos.
O criminoso disse: “Eu acredito que a senhora não queria mal nem para os teus filhos”. Ele deixou claro que uma ordem para atacar a família já havia sido dada, mas que ele preferia não seguir por esse caminho. A extorsão incluía pedidos de R$ 100 mil, alegando que um delegado estava cobrando essa quantia para soltar um comparsa. Além disso, pediu entre R$ 3 mil e R$ 5 mil como forma de “agradecimento”.
As investigações indicam que esse esquema pode estar relacionado a pessoas presas no Rio de Janeiro, que tentam tirar proveito da situação após a morte de Barroso.
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Segundo o delegado Mesquita, os golpistas obtiveram informações sobre os advogados por meio das redes sociais. Isso inclui detalhes sobre familiares e amigos das vítimas.
Alessandro Gil, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Rio Verde, confirmou a seriedade das ameaças. Ele orientou os advogados a registrarem ocorrências na Polícia Civil. A OAB está acompanhando o caso de perto e colabora na identificação dos criminosos.