Miss Universo terá primeira candidata com vitiligo, a modelo Logina Salah, de 34 anos. Ela foi eleita Miss Egito 2024 e está preparada para representar seu país na final do concurso, que acontecerá em 16 de novembro na Cidade do México. Logina destacou-se ao empoderar minorias, afirmando em entrevista que deseja inspirar pessoas que se sentem marginalizadas. Segundo ela, o objetivo é mostrar que elas não estão sozinhas. Além disso, a modelo, que é mãe de uma menina de 10 anos, contou que superou muitos desafios, incluindo o bullying, desde que foi diagnosticada com vitiligo e lúpus na infância.

Sua trajetória começou como maquiadora em Alexandria, no Egito. Em pouco tempo, ela passou a ser criadora de conteúdo nas redes sociais e, em seguida, iniciou sua carreira como modelo. Atualmente, Logina é influente nas redes, com mais de 1,8 milhão de seguidores no Instagram. Essa visibilidade a ajudou a estabelecer parcerias com grandes marcas e a aparecer em diversas capas de revistas de moda. Em outubro, venceu a disputa pelo título de Miss Egito em uma competição com 12 finalistas no Cairo, transmitida ao vivo pelo YouTube.

Miss Universo terá primeira candidata com vitiligo

O Miss Universo, a princípio, segue incorporando mudanças. Desde janeiro de 2024, o regulamento permite a participação de mães e mulheres de qualquer idade. Logina se beneficia dessa regra, pois é a primeira mulher com vitiligo a concorrer na história do evento. O concurso, criado em 1952, limitava a faixa etária das candidatas entre 18 e 28 anos. Ou seja, a inclusão de novos perfis no concurso reflete as transformações na indústria de beleza e diversidade.

Além de Logina, outras candidatas também estão quebrando padrões no Miss Universo. A modelo Mia Le Roux, por exemplo, foi a primeira miss surda a vencer o Miss África do Sul. Já a sul-coreana Choi Soon-hwa, de 80 anos, foi a competidora mais velha a participar de uma das etapas do concurso, embora não tenha vencido. Outra novidade é a presença de duas brasileiras na disputa de 2024. Luana Cavalcante, Miss Brasil, e Glelany Cavalcante, Miss Itália, representarão seus países na competição global.

Essas mudanças são parte do novo contexto do Miss Universo. Desde que foi adquirido pela empresária tailandesa Anne Jakrajutatip, em 2021, o evento passou a adotar uma postura mais inclusiva e diversa. A edição anterior, realizada em 2023, foi marcada pela pluralidade, com a participação de misses transgênero, modelos plus size e mães.

Logina Salah, atualmente morando em Dubai, se prepara para defender o Egito na 73ª edição do Miss Universo. A competição contará com cerca de 130 candidatas e promete ser a maior já realizada. A vencedora da última edição, Sheynnis Palacios, da Nicarágua, passará a coroa à nova campeã no próximo mês. Por fim, o concurso, que já tem mais de 70 anos, segue ampliando suas fronteiras e abraçando a diversidade mundial.