A discussão sobre o horário de verão voltou a ganhar destaque em diversos países, com debates sobre os benefícios e os desafios dessa prática. Originalmente implementado como uma medida para economizar energia, o horário de verão envolve a mudança do relógio, adiantando uma hora, em um período específico do ano. Atualmente, muitos países ainda adotam essa prática, enquanto outros decidiram abolir ou não implementar.

Nos Estados Unidos, o horário de verão é adotado em grande parte do país, começando no segundo domingo de março e terminando no primeiro domingo de novembro. No entanto, há estados, como Arizona e Havai, que não seguem essa mudança. O debate sobre a eficácia do horário de verão nos EUA continua, com alguns legisladores propondo a sua permanência o ano todo, em meio a uma discussão que parece não ter fim.

Na Europa, a maioria dos países membros da União Europeia (UE) também pratica o horário de verão. Países como Alemanha, França, Itália, Espanha, Portugal, Países Baixos, Bélgica, Áustria, Suécia, Dinamarca e Finlândia adotam essa mudança. A alteração ocorre no último domingo de março, com o retorno ao horário padrão no último domingo de outubro. Em 2019, a Comissão Europeia sugeriu a eliminação do horário de verão, mas a proposta ainda não foi implementada, e os países estão discutindo como proceder.

No Brasil, o horário de verão foi utilizado pela primeira vez em 1931. Adotado em várias regiões do país, o governo federal decidiu suspender a prática em 2019. A justificativa para essa decisão foi a falta de evidências conclusivas sobre a economia de energia. Desde então, o país permanece com o horário padrão durante todo o ano, embora a discussão sobre a sua reintegração ainda seja mencionada ocasionalmente em conversas informais.

Na Austrália, o horário de verão é adotado em estados como Nova Gales do Sul, Victoria e Austrália do Sul, enquanto outros, como Queensland, optam por não implementá-lo. O horário de verão australiano começa no primeiro domingo de outubro e termina no primeiro domingo de abril. Assim como em outros lugares, a prática gera debates entre a população, que se divide entre os que apoiam e os que se opõem.

Alguns países da América Latina, como Chile e Paraguai, também adotam o horário de verão, enquanto outros, como Argentina e Peru, não implementam essa prática. A discussão sobre a eficiência e a necessidade do horário de verão varia conforme as condições climáticas e a cultura local, mostrando que a adaptação às realidades regionais é fundamental.

Na Ásia, poucos países utilizam o horário de verão. O Japão, por exemplo, não adota essa prática desde a Segunda Guerra Mundial, enquanto Israel e o Líbano mantêm um sistema que inclui a mudança de horário em determinados períodos do ano. Essa diferença de abordagem ilustra como as tradições e necessidades locais moldam a aplicação do horário de verão.

Horário de Verão volta em 2024?

Em anúncio feito pelo ministro Alexandre Silveira, foi confirmada a decisão de não retomar a medida do Horário de Verão neste ano. O representante da pasta, ligada ao Governo Federal, disse que houve uma série de debates cuidadosos para tratar do assunto.

Várias especialistas se reuniram ao longo dos últimos 45 dias para avaliar, inclusive, os estudos organizados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Chegou-se à conclusão de que não existe justificativa plausível para que a prática de adiantar o relógio retorne.

Foram avaliados os impactos econômicos e energéticos que seriam gerados com o Horário de Verão. No entanto, a equipe denotou que os benefícios seriam insuficientes, prevalecendo, portanto, o horário convencional em todo o país, sem a necessidade de ajustar os relógios.