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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
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Seca

Rio Paraguai no Pantanal atinge menor nível em 124 anos de monitoramento

Um dos principais cursos d’água do país

Postado em 17 de outubro de 2024 por Otavio Augusto
Rio Paraguai seco. Foto: Divulgação

O Rio Paraguai, um dos principais cursos d’água do país, no Pantanal atinge menor nível em 124 anos de medições nesta quarta-feira (16/10). A cota do rio, medida na estação de monitoramento de Ladário, em Mato Grosso do Sul, alcançou -68 cm, segundo dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB). Essa é a menor marca já registrada desde o início do monitoramento, em 1900. A estação de Ladário é uma das mais antigas do país e reflete bem o cenário de seca extrema que afeta o Pantanal sul-mato-grossense.

A situação é crítica em toda a Bacia do Rio Paraguai. Em Porto Murtinho (MS), outro ponto importante de monitoramento, o nível do rio também registrou a menor marca histórica, com 60 cm. Esse número está 13 cm abaixo do recorde anterior, que já tinha mais de 50 anos.

Rio Paraguai no Pantanal atinge menor nível

Conforme o boletim divulgado pelo SGB, a situação tende a piorar. As chuvas na região continuam abaixo da média esperada, e o nível do rio pode permanecer em patamares críticos por várias semanas. “É provável que o nível do rio em Ladário continue baixo. Pode permanecer abaixo de 10 cm até a primeira quinzena de dezembro”, destaca o relatório.

A previsão meteorológica para as próximas duas semanas indica a possibilidade de 32 mm de chuva na região. Caso isso se concretize, pode ser o início de uma recuperação, principalmente nas áreas próximas a Cáceres (MT), Ladário (MS), Porto Murtinho (MS) e Forte Coimbra, distrito de Corumbá (MS).

Rio Paraguai no Pantanal atinge menor nível
Rio Paraguai seco. Foto: Divulgação

Déficit de chuvas preocupa

O déficit de chuvas é uma das causas do baixo nível do Rio Paraguai. Entre outubro de 2023 e setembro de 2024, a região recebeu 395 mm a menos de chuva do que o esperado. O acumulado previsto para o período era de 1.097 mm, mas apenas 702 mm foram registrados. Esse cenário se agrava ainda mais quando observado o déficit acumulado nos últimos cinco anos, que chega a 1.020 mm, o equivalente a um ano inteiro de chuvas.

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