Safra de leguminosas e oleaginosas no estado é 4,5% menor que a de 2023
Safra de cereais em setembro de 2024 cai e preocupa os especialista
Dados divulgados na última terça-feira (14), pelo IBGE, trouxeram uma análise e dados preocupantes a respeito da safra de cereais neste mês de setembro de 2024. Os dados em questão apresentam quedas na safra com números de até 6,4% a menos que no mesmo período do ano de 2023.
Esses dados foram expedidos pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), a pesquisa apontou que neste ano de 2024 a safra nacional desses cereais, leguminosas e oleaginosas deve atingir 295,1 milhões de tonelada, e os dados que pode preocupar é que esse número pode ser de 20,2 milhões a menos que no ano de 2023, que foi de 315,4 milhões tonelada. Esse levantamento também abordou o mês de agosto de 2023, que comparando a esse mesmo período deste ano de 2024, apresentou números abaixo na produção de 1,2 milhões de toneladas, que equivale a 0,4% do percentual.
Esse cenário é preocupante como destaca a porta-voz que é superintendente de Produção Rural do Seapa, Patricia Honorato, esta possível queda pode estar atrelada às relações climáticas, que o Brasil e enfrentou, ela destacou “O período de seca prolongado que a gente teve principalmente na região centro-oeste, pode impactar.”, a falta de chuva e o calor extremo pode dificultar as novas safras.
Tendo em vista que mesmo com as chuvas que se deram no início desse no começo do mês de outubro , esse tipo de variação pode atrapalhar as safras. Além de ressaltar que ainda é uma estimativa, por isso deve-se esperar a consolidação dessa das novas safras. A superintendente também acrescenta que esses dados foram divulgados neste período, porque a chance de atraso da colheita da próxima safra pode ser algo que se deve esperar, isso também é devido às causas climáticas que perpetuaram no país neste último ano.
Alguns dos commodities de maior plantio especialmente na região centro-oeste, como milho e soja tiveram recuos maiores e a explicação de Rosana ainda se implica aos fatores climáticos.
Ao mesmo tempo, o Agrônomo Fernando Simão destacou que a ausência de chuva no mês de setembro vai impactar o período de janelas de plantio da soja, isso porque por falta de chuva pode acabar atrasando o desenvolvimento dos grãos.
Ainda de acordo com Fernando Simão, o solo também pode ter contribuição nesta estimativa de queda, isso porque de acordo ele a falta de umidade no solo e a não irrigação frequente também pela falta de chuva, impactou no plantio de grãos.
O que podemos destacar de aumento no que se refere aos cereais e leguminosas e oleaginosas é na região norte do país, que apresentou dados positivos de 0,4 no percentual de estimativa de crescimento. E no ranking de estados de maior produção o Mato Grosso do Sul se consolidou em primeiro lugar como maior produtor de grãos do Brasil com o mais de 31% da produção nacional de grãos, sendo seguido por Paraná com 12,8% e Rio Grande Sul com 12%. O estado de Goiás é o quarto lugar desse ranking com 10,6% dessa produção.
Dessa forma a superintende do Seapa destacou que para Goiás a expectativa é que se mantenha constante e não saia do quarto lugar, mesmo apresentando algumas quedas em outras culturas de plantio como a cana de açúcar.
Apesar dessa estimativa de queda, os dados apresentaram aumentos de hectares das áreas plantadas que terão colheitas da próxima safra, isso se remete a um crescimento de 1,1%, o que representa 817,5 mil hectares a mais de áreas plantadas.
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O que se mantém em constante crescimento e para esse ano continua a subir, é o Algodão Herbáceo que pode superar 230 toneladas do produto, o algodão atingiu um recorde histórico de sua produção no mês de setembro sendo ele mais de 8 milhões de toneladas e se tratando de percentual é de 2,7%, se comparado com agosto. Com estimativa de aumento em produtos como a batata da 2º safra superando as 152 toneladas ou tendo um percentual de 11,3%. Outros produtos que apresentaram crescimento foram o sorgo, o feijão da 2º e 3º safra e a batata da 3º safra.
A estimativa apresentada de queda também atingiu a safra de laranja, que apresentou uma queda de 1,9 milhões de toneladas, o que se tornou em percentual -13%. Outro alimento que teve queda de produção foi o tomate, que no percentual é de -1,6% ou – 70 mil toneladas.