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terça-feira, 24 de dezembro de 2024
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Hospital Hetrin Trindade

Justiça solta técnica de enfermagem envolvida em desvio de medicamentos

Justiça libera técnica de enfermagem após operação de desvio de medicamentos.

Postado em 17 de outubro de 2024 por Renata Ferraz
Técnica
Foto: Divulgação/PCGO

A Justiça decidiu soltar a técnica de enfermagem que havia sido presa em uma operação contra o desvio de medicamentos no Hospital Estadual de Trindade (Hetrin) nesta quinta-feira (17). A audiência de custódia ocorreu após sua detenção na quarta-feira (16). A investigação começou após a morte de uma ex-funcionária do hospital devido a uma overdose de morfina.

A técnica foi presa em flagrante quando policiais civis encontraram medicamentos de uso restrito em sua casa. Ela é suspeita de peculato, associação criminosa e tráfico de drogas.

Os remédios envolvidos incluem morfina, tramal e tramadol. Segundo a TV Anhanguera, a técnica admitiu que retirava morfina e outros medicamentos do Hetrin e da UPA de Trindade. Ela afirmou que não furtava os remédios, mas os guardava para uso próprio.

Ela alegou que quando um medicamento era prescrito pelo médico e o paciente o recusava, ela não poderia devolver o remédio. Como seu marido tinha sofrido um acidente e sentia dores, ela levava os remédios para casa. A mulher negou que tivesse vendido medicamentos para outra técnica de enfermagem, que acabou falecendo.

O delegado Thiago Escandolhero, responsável pela investigação, informou que a irmã da vítima procurou a delegacia para denunciar o fornecimento de medicamentos por funcionários do hospital. 

Na manhã da última quarta-feira (16), a Polícia Civil fez diligências no Hetrin para verificar o controle dos medicamentos. O delegado afirmou que o hospital é uma vítima da situação e que cinco funcionários suspeitos já foram identificados e afastados.

Leia mais: Polícia Civil de Goiás realiza operação para combater comércio ilegal de morfina

As investigações revelaram que o desvio de medicamentos acontecia durante a aplicação das medicações aos pacientes. O médico prescrevia o remédio ao paciente internado. Uma enfermeira liberava a medicação para os técnicos de enfermagem, que desviavam o medicamento em vez de aplicá-lo. 

A Polícia Civil identificou todos os suspeitos como técnicos de enfermagem. Os remédios desviados são controlados e devem ser utilizados sob supervisão médica.

As investigações continuam para determinar há quanto tempo esses profissionais desviavam medicamentos do Hetrin. A polícia também apura se os técnicos retiravam medicamentos de outros hospitais públicos, já que os suspeitos trabalhavam em outras unidades de saúde. 

A família da vítima informou que ela sofria de depressão e mantinha amizade com os profissionais que vendiam os remédios. A mulher recebia morfina e a aplicava em seu próprio corpo.

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