UnB aprova cotas para transexuais em cursos de graduação
Travestis, mulheres e homens trans, transmasculinos e pessoas não-binárias
A Universidade de Brasília (UnB) UnB aprova cotas para transexuais, a votação, nesta quinta-feira (17/10), aprovou a criação de cotas para pessoas transexuais nos cursos de graduação. A medida foi aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) da instituição e estabelece a reserva de 2% das vagas em todas as modalidades de ingresso primário, sendo o mínimo uma vaga por curso.
De acordo com a UnB, essa política é destinada a pessoas que se identificam e vivem abertamente como transexuais, incluindo travestis, mulheres e homens trans, transmasculinos e pessoas não-binárias. O Comitê Permanente de Acompanhamento das Políticas de Ação Afirmativa (Copeaa) será responsável por propor os procedimentos de heteroidentificação de candidatas e candidatos trans. Além disso, o comitê terá o papel de certificar a apuração de eventuais denúncias de descumprimento das ações afirmativas.
UnB aprova cotas para transexuais
A nova resolução não se limita à reserva de vagas. A UnB se comprometeu também a adotar políticas de inclusão e permanência voltadas ao público trans.
A reitora Márcia Abrahão destacou a importância da medida. “Este é mais um passo em busca de um Brasil mais democrático e menos desigual. A UnB foi pioneira nas ações afirmativas, sendo a primeira universidade federal a adotar cotas raciais. Agora, com as cotas para pessoas trans, reafirmamos nosso compromisso com a equidade e um país mais justo”, afirmou.
Outras iniciativas inclusivas
A aprovação das cotas para pessoas trans faz parte de uma série de iniciativas inclusivas já adotadas pela UnB. Desde 2017, a instituição permite o uso de nome social por pessoas trans e travestis. Além disso, em 2021, a universidade reservou 2% das vagas de estágio para esse público.
Outra medida em estudo é a ampliação das cotas para pessoas trans em programas de pós-graduação. Essa política já foi implementada em algumas faculdades e institutos, como Direito, Comunicação, Economia e Psicologia.
A UnB também instituiu o Programa de Atenção à Diversidade (PADiv), criado em 2020, destinado a apoiar estudantes de segmentos socialmente vulneráveis. Por meio da Coordenação LGBTQIA+ da Secretaria de Direitos Humanos, a universidade reafirma seu compromisso com a promoção dos direitos das pessoas LGBT.