Goiás registra surto de H1N1 com mortes de crianças e adolescentes
Três escolas em Goiás registram surto de H1N1 com mortes de crianças investigadas.
Três escolas em Goiás, sendo duas na capital e uma em Aparecida de Goiânia, registraram casos de gripe H1N1. A Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) está investigando ao menos duas mortes relacionadas ao vírus.
O secretário de saúde, Rasivel dos Reis Santos Júnior, classificou a situação como um surto nos dois municípios. “A partir de agora, estamos iniciando uma campanha. Sempre que houver mais de três casos, as escolas devem informar a vigilância”, afirmou Rasivel. Ele destacou a importância de afastar crianças e professores com sintomas gripais.
Até o momento, as mortes investigadas são de uma adolescente de 12 anos e de um menino de 5 anos.
As mortes ocorreram em datas próximas. A adolescente faleceu em uma escola da capital no dia 13, e o menino em Aparecida de Goiânia no dia 15. “Estamos investigando esses óbitos com uma comissão”, ressaltou o secretário. Embora a gripe H1N1 seja esperada nesta época do ano, a prevenção é essencial, especialmente com a vacinação.
Rasivel enfatizou que não há falta de vacinas nas redes estadual e municipal. “Temos doses suficientes distribuídas. No entanto, a cobertura vacinal ainda é baixa entre crianças, gestantes, puérperas e idosos”, alertou. Ele pediu a colaboração da população para aumentar a imunização contra H1N1 e outras gripes e evitar a disseminação do vírus.
Flúvia Amorim, superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, também expressou preocupação com o surto. “Estamos falando de uma doença que tem vacina disponível, e a baixa procura é alarmante”, disse. As mortes de crianças e adolescentes aumentam a urgência da vacinação. Desde o início do ano, 500 mil doses foram disponibilizadas, mas a adesão foi baixa.
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A superintendente informou que uma nova nota técnica será divulgada, orientando sobre cuidados e prevenção de epidemias. A ideia é esclarecer profissionais de saúde e a população sobre a importância do diagnóstico e da vacinação. “É fundamental que todos se informem e se protejam”, acrescentou.
Flúvia ressalta a importância de medidas simples, como a higienização das mãos e o uso de máscaras em caso de sintomas gripais. Embora não haja obrigatoriedade do uso de máscaras, a superintendente recomendou que as pessoas adotem a prática em locais públicos. “Se alguém começa a tossir ou espirrar no trabalho, é melhor usar máscara e procurar atendimento médico”, finalizou.