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sexta-feira, 18 de outubro de 2024
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Investigação

Silvio Almeida enfrenta duas novas acusações de assédio

A defesa de Silvio Almeida afirmou que os advogados não foram formalmente informados sobre os novos procedimentos e, por isso, não se manifestariam no momento

Postado em 18 de outubro de 2024 por Leticia Marielle
Silvio Almeida enfrenta duas novas acusações de assédio. | Foto: Divulgação

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República recebeu duas novas acusações de assédio sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, demitido do governo Lula em setembro, após as primeiras denúncias. O colegiado decidiu abrir novos processos de apuração, com relatoras já designadas para os casos.

A defesa de Silvio Almeida afirmou que os advogados não foram formalmente informados sobre os novos procedimentos e, por isso, não se manifestariam no momento. A Casa Civil confirmou o recebimento das denúncias, mas não especificou se as acusadoras são servidoras, alegando que os processos estão sob sigilo até sua conclusão. Os novas denúncias foram distribuídos para Caroline Proner e Vera Karam de Chueiri, integrantes da comissão.

Almeida já estava sendo investigado pelo órgão enquanto ainda ocupava o cargo de ministro dos Direitos Humanos e Cidadania. Ele mesmo solicitou a abertura do processo de apuração e sua defesa afirma que ainda não recebeu informações sobre o andamento do caso. Como ele não faz mais parte do governo federal, a Comissão de Ética Pública pode aplicar, no máximo, a censura ética, que mantém o registro das infrações no histórico do servidor por até três anos.

Acusação

O ex-ministro foi demitido no dia 6 de setembro, após a repercussão das denúncias de assédio. Na ocasião, a organização Me Too Brasil confirmou o recebimento das acusações, mas preservou a identidade das vítimas. A entidade afirmou que as denunciantes tiveram dificuldade em obter apoio institucional para validar suas queixas.

Após a demissão de Almeida, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, revelou publicamente ter sido vítima de importunação sexual por parte dele durante o período de transição de governo em 2022. Em depoimento à Polícia Federal, Anielle relatou que as abordagens de Almeida escalaram para uma importunação física, com toques e convites inapropriados.

O ex-ministro negou as acusações desde que vieram à tona, publicando uma nota em que afirmou repudiar “com veemência as mentiras” e mencionou o amor e respeito que tem por sua esposa e filha. Ele também destacou que falsas acusações constituem denunciação caluniosa.

 

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