Dentista condenado por matar dois amigos morre após surto em clínica de reabilitação
Gilberto foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão
A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando a morte do dentista Gilberto Ranhol Gomes, de 41 anos, que faleceu na última quinta-feira (17), ele é um dentista condenado por matar dois amigos. O homem faleceu após sofrer um surto em uma clínica de reabilitação em Itaboraí, região metropolitana do Rio de Janeiro. Gilberto foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão por matar dois amigos em 2018, foi encontrado com sinais de asfixia e diversas escoriações. No entanto, o laudo pericial não foi conclusivo quanto à causa exata da morte.
O dentista estava internado na clínica para tratamento de dependência química. Após o surto, ele foi socorrido e transferido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cachoeiras de Macacu, município vizinho. Apesar do atendimento, Gilberto não resistiu.
Funcionários da clínica foram ouvidos pela polícia para ajudar a esclarecer o que ocorreu antes do surto e da morte do dentista. A princípio, não há informações detalhadas sobre como se deu o surto e as circunstâncias que levaram ao falecimento. Sendo assim, os investigadores aguardam o resultado final da perícia.
Dentista condenado por matar dois amigos
Gilberto Ranhol Gomes havia sido condenado por assassinar os amigos Nelson Marques Neto e Wagner Muniz. O crime ocorreu em 10 de março de 2018, em Santa Rosa, Zona Sul de Niterói. De acordo com o processo, os três homens haviam participado de uma festa. No caminho de volta, Gilberto pegou a arma de um policial civil que estava no veículo e, sem motivo aparente, disparou contra os amigos, matando-os.
O caso gerou grande repercussão na época, especialmente pela origem da arma utilizada. A arma pertencia ao policial civil Carlos Eduardo de Freitas, que estava presente na festa e, segundo a investigação, deixou a arma no carro antes de sair do veículo para fazer flexões na rua. A ação do policial foi registrada por câmeras de segurança, assim como o crime. A juíza Nearis Arce, que conduziu o julgamento, solicitou ao Ministério Público do Rio de Janeiro que investigasse a conduta de Carlos Eduardo, que estava lotado na delegacia de Barra Mansa na ocasião.
Gilberto, mesmo condenado, não cumpria pena em regime fechado. Ele es
tava fora do sistema penitenciário devido a um recurso pendente. Seu corpo foi sepultado no último sábado (19), no Cemitério São Lázaro, em Itaipu, na Região Oceânica de Niterói.
Por fim, a polícia segue com as investigações para apurar se houve falha no atendimento da clínica de reabilitação ou outro fator que possa ter contribuído para a morte do dentista.