Gomide mira passado e Márcio no conservadorismo anapolino
Márcio Corrêa e Antônio Gomide intensificam estratégias na reta final da campanha
Uma semana separa os eleitores de 51 municípios brasileiros de decidirem os próximos prefeitos que seguem em indefinição. Entre os candidatos e seus núcleos de campanha, resta traçar e colocar em prática as últimas cartadas para convencer a parcela do eleitorado que ainda não se decidiu, pois a reta final de campanha eleitoral bateu à porta. Em Anápolis, os marqueteiros e apoiadores de Márcio Corrêa (PL) e Antônio Gomide (PT) intensificam as atividades de campanha.
Na dianteira das pesquisas eleitorais e com uma votação expressiva no primeiro turno – quando chegou perto de ser eleito – Márcio é o favorito para governar o Paço Municipal anapolino a partir de 2025. Na semana que antecede o domingo de votação, o foco da campanha do candidato é de ampliar as frentes da campanha de rua. A reportagem do jornal O Hoje entrou em contato com a assessoria de Corrêa, que afirmou que o candidato tem intensificado as ações de rua. “Desde o primeiro dia após a votação do primeiro turno, o Márcio tem ido pra rua, em contato direto com a população, para agradecer os votos que o colocaram na dianteira”.
Gomide tenta angariar o eleitorado pautando sua experiência. Em entrevistas recentes, o candidato tem apontado para os problemas crônicos da cidade, como a crise na saúde, e reforça que o momento não permite arriscar. O petista aposta na igualdade de tempo nas propagandas eleitorais gratuitas de rádio e TV para diminuir a distância que Corrêa construiu. Desde o início da disputa, o deputado adotou uma postura de gestor experiente. Na reta final da campanha eleitoral, a uma semana do segundo turno, a estratégia é de fortalecer a narrativa da chapa à esquerda.
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O candidato do PL é o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro para a prefeitura de Anápolis. No último dia 11, recebeu a visita do líder da direita na cidade. Com Bolsonaro, Márcio participou de uma carreata e, ao final do dia, juntou apoiadores para um comício. Com forte apelo conservador, a característica do eleitorado anapolino tende à direita, o que beneficia Corrêa. Além do apoio do núcleo bolsonarista, Márcio tem apoio parcial do Palácio das Esmeraldas. É o nome do vice-governador Daniel Vilela (MDB) para a cidade. Oficialmente, não recebeu o apoio do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), mas também não enfrenta sua forte popularidade, já que Caiado não apoia seu candidato rival, o petista Gomide.
Candidato progressista, Gomide tem histórico em Anápolis. Entretanto, tem “patinado” no município, que se tornou um reduto do bolsonarismo. Enfrentando o forte antipetismo, Gomide tenta resistir e adota como estratégia despertar a memória dos anapolinos, a respeito da época que comandou o município. Prefeito de Anápolis por duas oportunidades, a era Gomide foi bem avaliada pelos moradores da cidade. Tratou até de, recentemente, assumir que errou ao deixar a prefeitura para concorrer ao governo do Estado. Além disso, reconheceu que seu vice, na época João Gomes, que assumiu a administração da cidade com sua saída, não conseguiu manter o êxito ao assumir o posto. (Especial para O Hoje).