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domingo, 22 de dezembro de 2024
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Outubro rosa

Crescimento na taxa de câncer de mama entre mulheres jovens

Fatores como estilo de vida, predisposição genética, uso prolongado de anticoncepcionais podem estar relacionados ao aumento do câncer

Postado em 23 de outubro de 2024 por Letícia Leite
Outubro se apresenta como um lembrete essencial para todas as mulheres: a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Foto: Freepik

Nos últimos anos, a elevação dos diagnósticos de câncer de mama entre mulheres com menos de 40 anos tem despertado a atenção de especialistas e fortalecido a relevância da conscientização. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), embora a maioria dos diagnósticos ainda seja feita em mulheres acima dos 50 anos, as ocorrências em outras faixas etárias têm crescido.

“Esse aumento pode estar relacionado a fatores como estilo de vida, predisposição genética, uso prolongado de anticoncepcionais e outros comportamentos de risco”, afirma o médico oncologista, Gabriel Felipe Santiago.

Prevenção

Nesse contexto, outubro se apresenta como um lembrete essencial para todas as mulheres: a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, principalmente em razão do aumento dos casos em mulheres jovens e da necessidade de atenção a essa questão.

Considerando que este é o tipo de câncer mais frequente entre as mulheres no Brasil e no mundo – excluindo-se o câncer de pele não-melanoma -, a campanha enfatiza a importância de incentivar a realização de exames e a disseminação de informações que podem salvar vidas e diminuir a taxa de mortalidade em até 30%.

“Com essa conscientização, as pacientes passam a ter mais informações sobre a doença, fatores de risco, sinais, sintomas e métodos de diagnóstico. Por isso, elas são importantes para trazer conhecimento”, explica Gabriel.

Com esse aviso, o médico destaca a relevância da detecção precoce da doença, uma vez que, nos estágios iniciais, a probabilidade de cura é de até 95%. Nesse sentido, a mamografia continua sendo o exame mais eficaz para identificar tumores assintomáticos. De acordo com o especialista, mulheres com 40 anos ou mais devem fazer o exame anualmente, ou conforme a recomendação médica, especialmente em casos de histórico familiar.

Além disso, Gabriel ressalta a importância de adotar medidas preventivas para a saúde das mamas. “Algo que deve ser lembrado é o autoexame. Toda mulher acima dos 20 anos deve realizar a palpação das mamas, buscando alguma alteração de forma, tamanho, presença de nódulos na mama ou nas axilas, alterações na pele ou a presença de alguma secreção anômala no mamilo. O que geraria preocupação seria a secreção com sangue ou cristalina, similar a água de rocha”, revela.

Embora seja desafiador identificar um padrão de sintomas, o oncologista aponta alguns fatores de risco associados à doença. Entre eles estão a obesidade, o sedentarismo e uma dieta rica em gordura animal, carne vermelha e processada e pobre em frutas, verduras e legumes. Ademais, o uso da terapia de reposição hormonal por um longo período, especialmente após a menopausa, e o histórico familiar também levam a uma predisposição ao câncer de mama.

“Atualmente, existem muitos avanços da doença. Novos medicamentos, como a imunoterapia, estimulam o sistema de defesa da paciente a combater a doença. Temos também algumas novas drogas orais, algumas chamadas de drogas-alvo, que agem diretamente em algumas mutações específicas. Então, temos um arsenal terapêutico muito variado e com grandes inovações no tratamento da doença que vem auxiliando no controle dela. É importante o diagnóstico precoce, mas mesmo nos casos em que o câncer de mama já está um pouco avançado, conseguimos o controle bastante eficaz “, conclui.

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