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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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Luto

Maguila, lenda do boxe brasileiro, morre aos 66 anos vítima de demência pugilística

O ex-pugilista marcou uma geração com suas conquistas ao longo de sua vitoriosa carreira

Postado em 24 de outubro de 2024 por Davih Lacerda
Maguila
Foto: Divulgação

Nesta quinta-feira (24), morreu aos 66 anos, o ex-boxeador Maguila, vítima de complicações decorrentes de encefalopatia traumática crônica (ETC), conhecida como demência pugilística, diagnosticada em 2013. A doença é causada pela repetição de golpes na cabeça, sendo a maioria das vítimas ex-lutadores de boxe.

O ícone do boxe brasileiro, teve sua morte confirmada por sua esposa, Irani Pinheiro. Maguila, nascido em 11 de julho de 1958, em Aracaju, destacou-se por sua carreira vitoriosa que se estendeu por 17 anos. Ao longo desse período, ele participou de 85 lutas, com 77 vitórias, sendo 61 por nocaute, sete derrotas e um empate técnico.

Leia também: A história de Maguila e seu legado no mundo do boxe

Carismático e conhecido por suas entrevistas marcantes, Maguila conquistou o público e enfrentou lendas do boxe como Evander Holyfield e George Foreman. Entre os seus feitos mais notáveis está o título de campeão mundial da Federação Mundial de Boxe (FMB) em 1995, ao derrotar o britânico Johnny Nelson por pontos.

Além do título mundial, Maguila foi pentacampeão continental, campeão sul-americano, brasileiro e das Américas. Ele decidiu encerrar sua carreira em 2000, após sofrer uma derrota por nocaute para o brasileiro Daniel Frank.

Leia também: Relembre: Há 30 anos, Maguila defendia a homossexualidade em entrevista na TV

Em 2018, após consentimento da família, o ex-boxeador Maguila concordou em doar seu cérebro para pesquisa científica após sua morte. O gesto é semelhante ao da família de Bellini, ex-jogador de futebol. O órgão será estudado pela Universidade de São Paulo (USP), que investiga os impactos repetidos na cabeça em esportes como futebol, boxe e rúgbi.

O objetivo da pesquisa é aprofundar o conhecimento sobre as consequências desses traumas e desenvolver medidas eficazes de prevenção para proteger os atletas de doenças como a encefalopatia traumática crônica (ETC).

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