Dólar sobe a R$ 5,70 e atinge maior valor em dois meses; entenda
Bolsa fecha em queda
O dólar encerrou a sexta-feira (25) com uma alta de 0,74%,com isso o dólar sobe a R$ 5,70, atingindo seu maior nível desde 5 de agosto, quando fechou a R$ 5,74. A valorização da moeda norte-americana reflete tanto o cenário internacional quanto as expectativas de investidores em relação ao quadro fiscal brasileiro. Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, recuou 0,13%, fechando aos 129.983 pontos.
Dólar sobe a R$ 5,70
No contexto econômico interno, o mercado acompanhou declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que reafirmou seu compromisso com o arcabouço fiscal. Segundo Haddad, a inflação do país deve permanecer dentro da meta para 2024. Além disso, os investidores reagiram aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, que apresentou alta de 0,54% em outubro. A principal pressão veio do aumento de 5,29% na energia elétrica residencial, influenciando os números gerais.
No cenário externo, a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos gera incerteza. A 11 dias do pleito, os candidatos à Presidência, Kamala Harris e Donald Trump, aparecem empatados, com 48% das intenções de voto, segundo pesquisa do The New York Times em parceria com o Siena College. A corrida eleitoral norte-americana adiciona volatilidade aos mercados globais, elevando a procura por moedas de segurança, como o dólar.
No mercado de ações, um dos destaques foi a Vale (VALE3), que registrou alta de 3,40%, com seus papéis a R$ 61,73. O movimento positivo ocorreu após o governo federal e as empresas envolvidas no rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), assinarem um acordo de indenização. A tragédia ambiental, ocorrida em 2015, será compensada por um valor de R$ 132 bilhões em obrigações passadas e futuras, que incluem apoio a vítimas e medidas de reparação ambiental. A Samarco, empresa operadora da barragem, é controlada pela Vale e pela mineradora BHP Billiton.
O contexto internacional e as incertezas fiscais no Brasil seguirão influenciando o comportamento do dólar e do mercado de ações. Por fim, a oscilação cambial e as previsões econômicas para os próximos meses mantêm os investidores em alerta, monitorando o cenário fiscal e os desdobramentos do cenário político internacional.