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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
Absurdo

Pecuarista é suspeito de queimar menino indígena com ferro de marcar boi

A defensora pública Letícia Amorim, que se reuniu com a família do menino, declarou que o relato é grave e deve motivar uma investigação mais ampla sobre o que acontece na Ilha do Bananal

Postado em 25 de outubro de 2024 por Leticia Marielle
Pecuarista é suspeito de queimar menino indígena com ferro de marcar boi. | Foto: Divulgação

Um menino indígena de 6 anos, morador da aldeia Macaúba na Ilha do Bananal, foi marcado no braço com um ferro de gado. O responsável pelo ataque, segundo a denúncia, é um pecuarista que arrenda terras na região. Após a denúncia, ele foi obrigado a deixar o local.

A agressão aconteceu em um retiro próximo à aldeia, que fica na divisa entre Tocantins e Mato Grosso. De acordo com um documento da família da criança entregue à Funai, o homem, cujo nome não foi revelado, agarrou o menino pelo braço e o marcou com um ferro de gado, provocando ferimentos graves tanto físicos quanto psicológicos.

O documento solicita a retirada imediata do pecuarista da Ilha do Bananal, além de exigir uma investigação e punição pela agressão. Segundo o boletim de ocorrência, a criança brincava e corria perto de onde o gado era manejado. O proprietário do retiro, irritado com a presença do menino, cometeu a agressão, causando uma queimadura grave no braço direito.

Embora o arrendamento de terras indígenas para pecuaristas seja permitido pelo Ministério Público Federal (MPF), representantes do povo Karajá deram um prazo de 30 dias para que o agressor saia da região. O Ministério Público Estadual (MPTO) e as Defensorias Públicas da União e do Tocantins também acionaram a justiça sobre o caso.

O caso foi inicialmente registrado pela Polícia Civil do Mato Grosso, mas, na quarta-feira (23), foi transferido para a 57ª Delegacia de Polícia de Pium, que continuará com as investigações. A defensora pública Letícia Amorim, que se reuniu com a família da vítima, declarou que o relato é grave e deve motivar uma investigação mais ampla sobre o que acontece na Ilha do Bananal, ressaltando que o território é indígena e que a presença de não-indígenas na área é questionável.

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