Sol atinge o pico de calor mais alto dos últimos 11 anos
Durante a fase máxima, o número de manchas solares, regiões mais frias e escuras no Sol devido à intensa atividade magnética, aumenta significativamente
O Sol entrou em um período de intensa atividade, atingindo o ponto máximo de seu ciclo solar de 11 anos, segundo a Nasa, o Noaa (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA) e o Painel Internacional de Previsão do Ciclo Solar. Esse fenômeno, que impacta diretamente o campo magnético da Terra, pode influenciar desde a comunicação por satélites até redes elétricas, e já trouxe uma série de eventos solares significativos.
A cada 11 anos, o Sol passa por um ciclo marcado por variações em sua atividade magnética. Quando o ciclo atinge sua fase máxima, ocorre um aumento nas erupções solares e nas ejeções de massa coronal, que podem causar tempestades geomagnéticas e gerar efeitos em dispositivos eletrônicos e nas telecomunicações. Um exemplo marcante desse impacto aconteceu em 1859, durante o Evento Carrington, que causou falhas em sistemas de telégrafo ao redor do mundo.
Incertezas sobre o pico do ciclo atual
Os cientistas da Nasa afirmaram que a fase máxima do ciclo solar começou recentemente, mas o pico exato ainda é incerto. Eles explicam que a confirmação precisa só poderá ser feita após uma queda na atividade solar, o que pode demorar até mais de um ano. Essa incerteza ocorre porque a análise completa do ciclo depende do comportamento contínuo das manchas solares e das erupções observadas.
Durante a fase máxima, o número de manchas solares, regiões mais frias e escuras no Sol devido à intensa atividade magnética, aumenta significativamente. Essas manchas são um indicador-chave de maior atividade solar. Segundo Jamie Favors, diretor do Programa de Clima Espacial da Nasa, este é um momento importante para estudar o Sol e compreender melhor sua dinâmica e seus efeitos no espaço.
Consequências para a Terra e o espaço
Entre as possíveis consequências dessa fase máxima estão o aumento da radiação solar que atinge a Terra, tempestades solares que afetam as comunicações e a energia, e a intensificação das auroras boreais. Essas auroras são geradas quando partículas carregadas do Sol interagem com o campo magnético da Terra, criando um espetáculo visual no céu.
Em dezembro de 2024, a sonda Parker Solar Probe, da Nasa, fará uma aproximação ao Sol, que será a mais próxima até o momento. A missão tem o objetivo de investigar as complexidades do clima espacial e ajudar a entender como a atividade solar afeta o Sistema Solar. Além dessa abordagem, a sonda ainda fará mais três aproximações ao longo de sua missão.
Atualmente, estamos no 25º ciclo de atividade solar documentado desde o início das observações científicas, no século XVIII. De acordo com Lisa Upton, copresidente do Painel de Previsão do Ciclo Solar, a atividade deste ciclo superou as expectativas iniciais, revelando um comportamento mais intenso do que o previsto pelos especialistas.
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