Vivi Noronha, esposa do funkeiro MC Poze do Rodo é alvo de operação da Polícia Civil
Vivi é investigada pela “Operação Rifa Limpa”, o esquema de rifas ilegais adota o formato da Loteria Federal, simulando legalidade e confiança para enganar os participantes
A Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou nesta sexta-feira, 1º de novembro, a “Operação Rifa Limpa”, com alvos em várias localidades. A operação foca em influenciadores digitais que anunciam rifas irregulares nas plataformas sociais, incluindo Vivi Noronha, parceira do MC Poze do Rodo.
Além dela, outros influenciadores estão sob investigação, como Roger Rodrigues dos Santos, conhecido como Roginho Dú Ouro; Jonathan Luis Chaves Costa, o Jon Jon; e Leandro Medeiros, o Lacraia.
Poze e Vivi, que são pais de três filhos, celebraram seu casamento em grande estilo no último dia 26 de outubro.
De acordo com as apurações, o esquema de rifas ilegais adota o formato da Loteria Federal, simulando legalidade e confiança para enganar os participantes. Contudo, as rifas utilizam um aplicativo não auditado e personalizado, o que permite manipulações nos resultados.
A realização de rifas no Brasil requer autorização prévia do Ministério da Fazenda, além de ser uma exclusividade de instituições sem fins lucrativos.
Conexão com tráfico e crime organizado
Além das fraudes contra os consumidores, a operação revelou uma ligação entre essas rifas ilegais e organizações criminosas. Nos últimos anos, a polícia observou uma ligação crescente entre influenciadores e o tráfico de drogas.
Dessa forma, o dinheiro das rifas seria supostamente usado para lavar recursos de atividades ilícitas. Influenciadores usavam suas redes para promover rifas atreladas a grupos do crime organizado, como o Comando Vermelho, além de esquemas de jogos clandestinos.
Em ações anteriores, como a Operação Falsas Promessas, realizada na Bahia, surgiram evidências de que influenciadores digitais promoviam sorteios ilegais de prêmios de alto valor, como carros de luxo e até cirurgias plásticas, prêmios esses que nem sempre chegavam ao vencedor.
Em muitos casos, contudo, o objetivo principal era captar grandes quantias de dinheiro para as organizações criminosas, disfarçando a prática como sorteios e rifas acessíveis ao público.