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quarta-feira, 6 de novembro de 2024
Vacinação

Vacina em gotas da poliomielite é substituída por dose injetável

O Brasil não registra casos de poliomielite há 34 anos, e a vacina oral foi utilizada com sucesso por 47 anos

Postado em 4 de novembro de 2024 por Leticia Marielle
Vacina em gotas da poliomielite é substituída por dose injetável. | Foto: Reprodução/Canva

A partir desta segunda-feira (4), o Ministério da Saúde passará a utilizar exclusivamente a Vacina Inativada Poliomielite (VIP) no esquema vacinal contra a poliomielite, substituindo as duas doses de reforço da vacina oral (VOPb) por uma dose injetável da VIP.

Confira a mudança de vacinação para crianças menores de 5

  • Primeira dose aos 2 meses;
  • Segunda dose aos 4 meses;
  • Terceira dose aos 6 meses;
  • Reforço aos 15 meses.

Até agora, o esquema incluía três doses da VIP aos 2, 4 e 6 meses, seguidas por dois reforços com a vacina oral aos 15 meses e aos 4 anos. A decisão de alterar o esquema foi discutida na Câmara Técnica Assessora em Imunizações (CTAI), contando com a presença de representantes da Sociedade Científica, Conass, Conasems, Opas e OMS.

Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), explica que a vacina oral teve grande importância na imunização do país, mas a decisão de substituí-la segue uma recomendação global da OMS. Ele esclarece que a vacina oral, por conter o vírus da poliomielite enfraquecido, promovia uma imunização indireta ao ser excretada pelas fezes, alcançando até aqueles que não participavam das campanhas.

Porém, atualmente, essa abordagem não é mais indicada. O vírus vacinal, embora raro, pode sofrer mutação no ambiente e voltar a ser virulento, podendo causar paralisia em pessoas não vacinadas. Kfouri ressalta que, hoje, o mundo enfrenta mais casos de paralisia causados pelo vírus vacinal do que pelo vírus selvagem, que persiste apenas no Afeganistão e no Paquistão.

Ele reforça que a vacina inativada é segura e que o esquema de imunização não mudou, as crianças devem continuar sendo vacinadas para prevenir a paralisia, que ocorre apenas em quem não está imunizado. O Brasil não registra casos de poliomielite há 34 anos, e a vacina oral foi utilizada com sucesso por 47 anos, desde sua introdução oficial no país em 1977.

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