O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

sexta-feira, 22 de novembro de 2024
PublicidadePublicidade
Corte de gastos

Haddad apresenta pacote de cortes fiscais em meio a pressões no Congresso

Pacote deverá ser debatida no Congresso Nacional, com expectativa de aprovação até o final do ano

Postado em 12 de novembro de 2024 por Bruno Goulart
Haddad apresenta pacote de cortes fiscais em meio a pressões no Congresso
Foto: Diogo Zacarias/MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne nesta terça-feira (12/11) com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para apresentar o aguardado pacote de cortes fiscais do governo.

O pacote visa melhorar o cenário fiscal do país, resultado de semanas de discussões entre Haddad e ministérios afetados pelas medidas. Parte das ações previstas no pacote deverá ser debatida no Congresso Nacional, com expectativa de aprovação até o final do ano.

Leia mais: Senado retoma discussão sobre marco regulatório para crédito de carbono no Brasil

O lançamento do pacote de cortes, originalmente previsto para duas semanas atrás, sofreu adiamentos e foi criticado por membros do PT e do governo. No entanto, Haddad assegurou que a proposta não foi reduzida, mas apenas adaptada, com detalhes finais sendo concluídos antes da apresentação.

Recentemente, o presidente Lula pediu a inclusão de mais um ministério nas revisões, o que deverá ser negociado até a quarta-feira (13).

Cortes fiscais e o mercado

O mercado financeiro, inquieto com a demora, reagiu negativamente, intensificando suas incertezas com o cenário externo. A expectativa de políticas protecionistas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, também tem gerado impactos. Na última semana, o Boletim Focus registrou a sexta alta consecutiva na estimativa para a inflação (IPCA), que subiu de 4,59% para 4,62%, ultrapassando o teto da meta de 4,5%.

A instabilidade também refletiu na cotação do dólar, que fechou a segunda-feira (11) em alta de 0,59%, alcançando R$ 5,76. Em resposta ao quadro fiscal, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic para 11,25% e reforçou a necessidade de uma política fiscal responsável. O comitê destacou que uma política fiscal sólida é essencial para controlar a inflação e reduzir os riscos para ativos financeiros.

O comunicado do Copom enfatizou a importância de medidas estruturais para garantir a sustentabilidade da dívida pública, um ponto crucial para manter as expectativas de inflação ancoradas. O pacote de Haddad, ao visar cortes e ajustes orçamentários, é visto como uma ação decisiva para fortalecer a credibilidade fiscal do país, com o governo apostando que as medidas contribuirão para estabilizar a economia nos próximos anos.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.
Veja também