Por Francisco Costa

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, já disse que estará junto com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em 2026. Ele, contudo, espera que o ex-ministro de Bolsonaro (PL) dispute a reeleição. Da mesma forma, o pessedista não deve apoiar uma empreitada do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), ao Palácio do Planalto.

Conforme uma fonte do PSD de Goiás ao O HOJE, a preferência e defesa de Kassab é que Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná, dispute a corrida presidencial, em 2026. Apesar da legenda criada por Gilberto se apresentar como um camaleão do centro, sempre disposto a conversar – independente do governo -, o gestor paranaense surge como opção da direita.

Assim como Caiado e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), Ratinho está em segundo mandato. Da mesma forma que os dois citados, ele também é cotado para brigar pelo espólio bolsonarista, visto que o ex-presidente Jair Bolsonaro está, pelo menos por enquanto, inelegível.

A fonte pessedista do O HOJE garante que Kassab vai defender a permanência de Tarcísio em São Paulo. O presidente do PSD, conforme este entrevistado, vai lembrar ao governador o que houve com ex-gestor João Dória (PSDB), que deixou o mandato para disputar prévias e, apesar de ter se cacifado como pré-candidato, acabou não disputando nem a presidência e nem a reeleição.

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Gilberto Kassab é secretário de Governo e Relações Institucionais de São Paulo. Homem forte e de confiança de Tarcísio.

Para o grupo do PSD, garantir a reeleição do governador do Estado mais poderoso do País projetará Tarcísio ainda mais para 2030. Concorrer ao Planalto daqui a seis anos, na finalização do segundo mandato, seria uma disputa muito mais interessante.

Mais certo de ter candidato

No começo de outubro, Kassab disse, em entrevista à CNN Brasil, que Ratinho Júnior só não seria candidato se não quisesse. “Primeiro, nós temos um consenso no partido hoje, que se tivermos candidato, o Ratinho só não será candidato se não quiser, se tivermos.”

Naquele momento, ele também justificou que o PSD é um partido de centro em um país polarizado. “É compreensível que alguns estados estejam mais à esquerda, outros mais à direita, e nós estamos construindo um partido.”

A informação é que, após o segundo turno, a posição de ter candidato teria caminhado. Com cerca de 13 anos, hoje a legenda é a maior em número de prefeitos no País. Dos 5.569 municípios, 887 serão geridos pela sigla, em 2025. Em 2020, 656 chefes do Executivo foram eleitos.

É preciso dizer que o feito do PSD, neste ano, desbancou o MDB. Em 2020, foram eleitos 774 prefeitos emedebistas, sigla com mais chefes do Executivo até então. Mas em 2024 foram 856, 31 a menos que o partido de Kassab.

Com o maior número de prefeitos do País, a sigla tem um verdadeiro exército de cabos eleitorais em 2026. Número que deve refletir, especialmente, no Congresso e em Câmaras Municipais. (Especial para O Hoje)