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quinta-feira, 14 de novembro de 2024
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2026

Caiado e Marçal podem ser alternativa do bolsonarismo

Governador e empresário podem caminhar juntos na disputa em 2026

Postado em 14 de novembro de 2024 por Thiago Borges
Caiado e Marçal podem ser alternativa do bolsonarismo
O governador Ronaldo Caiado mantém projeto rumo à presidência. Pablo Marçal é sondado pelo UB Foto: Reprodução

Com a intenção de ser candidato à presidência em 2026, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) tem trabalhado em, além de aumentar sua capilaridade política ao redor do país, munir-se de importantes alianças no jogo político para que seu projeto em dirigir o Palácio do Planalto a partir de 2027 ganhe força. 

Para romper as fronteiras eleitorais goianas, onde está a grande parcela dos apoiadores do governador e sua influência política, Caiado – e a alta cúpula do União Brasil – podem se unir a um personagem controverso e que ganhou espaço nas eleições paulistanas: Pablo Marçal.

O chefe do Executivo goiano não se opôs a uma possível chapa com o ex-candidato à Prefeitura de São Paulo. O governador afirmou, em conversa com o jornal O Globo, que “não tem restrição” de diálogo. “Na política, converso com todo mundo. Não tenho restrição de conversa”, disse Caiado. O governador revelou o contato com o ex-coach goiano durante a pré-campanha das eleições deste ano, em jantar na casa do presidente do União Brasil, Antônio Rueda. Sobre uma possível dobradinha com Marçal, Caiado afirmou que “tudo tem o seu tempo” e garantiu que seu foco está concentrado em Goiás.

Marçal recebeu pouco mais de 1,7 milhões de votos na capital paulista. O político, de forma pouco convencional e por vezes pouco ética, colocou-se em posição de destaque na disputa em São Paulo. A figura de Marçal foi o expoente da eleição e chegou perto de ir ao segundo turno, mesmo em um partido de menor expressão como o PRTB. Para Caiado, pode ser rentável politicamente ter o empresário ao seu lado.

Para além das possibilidades de chapa conjunta, Caiado e Marçal compartilham uma particularidade: ambos estão rompidos com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Durante sua campanha na busca pela prefeitura de São Paulo, Pablo flertou com o apoio de Bolsonaro – que nunca aconteceu. O ex-presidente apoiou, de forma tímida, o prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB). Porém, as rusgas com o clã Bolsonaro foram além de um “não” do nome forte do PL para Marçal, os desentendimentos envolveram, também, os filhos de Bolsonaro – sobretudo Carlos e Eduardo.

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O desentendimento levou Marçal a não declarar apoio a ninguém no segundo turno em São Paulo, e cobrou que Bolsonaro pedisse desculpas publicamente pelos conflitos.

Já Caiado entrou em conflito com Bolsonaro pelo afunilamento na disputa em Goiânia. Os chumbos trocados partiram dos dois lados. O ex-presidente chamou, sem citar o nome, o governador de “covarde” durante comício em Goiânia e disse que a influência de Caiado se restringia a Goiás, diferente dele próprio. 

Inelegível, Bolsonaro deve escolher um nome para ser seu representante. Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, é o favorito. Com rusgas recentes, Caiado, que chegou a ser cotado para ser o nome apoiado pelo ex-presidente, está distante do apoio.

Frequentemente, Marçal tem seu nome relacionado ao partido de Rueda e ACM Neto. A possível ida do ex-coach para a legenda pode ser mais um caminho para uma chapa com Caiado. Além disso, os políticos podem ser uma alternativa à direita ao bolsonarismo.

Caiado pode ser o nome para o eleitorado que não morre de amores pelo bolsonarismo. O governador terá que conquistar o apoio desta ala do eleitorado direitista, e Marçal pode vir a ser um cabo eleitoral importante, visto seu destaque político recente. (Especial para O Hoje)

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