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domingo, 22 de dezembro de 2024
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Cooperativismo goiano

Cooperativismo goiano registra aumento 53% em cinco anos

De 2019 a 2023, o sistema OCB registrou 34 novas entidades cooperativas, uma variação de 15,6%

Postado em 14 de novembro de 2024 por João Reynol
Presidente do OCB Goiás apresentou dados das cooperativas em 2023 e 2024.|Foto: João Reynol/O HOJE

Em uma sala recém-inaugurada, a Organização das Cooperativas Brasileiras de Goiás (OCB-GO) anunciou nesta quarta-feira (13) o Panorama do Cooperativismo Goiano 2024 referente aos números levantados do cooperativismo no ano de 2023. A pesquisa foi feita pelo Laboratório de Contabilidade, Inovação e Sociedade da Universidade Federal de Goiás (UFG). De acordo com os dados apresentados pelo  presidente do OCB-GO, Luís Alberto Pereira, o cooperativismo goiano registrou uma alta histórica no número e na renda das cooperativas do Estado. 

 

Segundo o relatório no sistema, de 2019 a 2023 as cooperativas registadas aumentaram em 34 entidades nos quatros anos, de 217 organizações em 2019 para 251 cooperativas em 2023, com uma variação de 15,6%. De 2023 para 2024, a organização também registrou um aumento de 10,3% na quantidade de entidades, de 251 em 2023 para 277 em novembro deste ano. 

 

Ao todo, são sete ramos do cooperativismo goiano que representam diferentes áreas de atuação. São eles: Agropecuário, com 82 cooperativas (32,7%); Transporte, com 40 (15,9%); Saúde, com 37 (14,7%); Crédito, com 32 (12,7%); Trabalho, Produção de Bens e Serviço, com 27 (10,8%); Infraestrutura, com 20 (8,0%); e Consumo, com 13 (5,2%).

 

Além disso, o número de cooperados também subiu em apenas um ano. Entre 2022 e 2023, foi de 464 mil para 609 mil, com uma variação de 31,3%. Para Pereira, isto é uma importante meta alcançada com quatro anos de antecedência. “Isso demonstra que os goianos passaram a entender mais sobre os benefícios e vantagens de participar ativamente de uma cooperativa.” Agora, Pereira planeja alcançar uma nova meta de 700 mil cooperados em Goiás para 2027, sendo eles pessoas físicas e jurídicas.

 

Grande parte destes cooperados se encontram nas cooperativas de crédito, que representam 82,1% dos membros cooperados do Estado, com 362,7 mil pessoas com registros de pessoas físicas nas empresas e agências de crédito e bancos que funcionam por meio do cooperativismo. Enquanto isso, o ramo das cooperativas da agropecuária segue em segundo com 40,5 mil cooperados, que representa 9,1% deste total. Em seguida, o ramo de consumo segue em terceiro lugar com 21,8 mil cooperados, com 4,9%.

 

Apesar deste aumento dos cooperados e das entidades cooperativas em Goiás, estes cooperados ainda são majoritariamente homens, com um total de 47,7% dos cooperados. Já as mulheres são 27,9% destes grupos. Além destes cooperados, também existem 441 mil cooperados com CNPJ, sendo 278 mil homens e 163 mil mulheres. Já o ramo que alcançou o maior equilíbrio entre os dois gêneros foi a área de Trabalho, Produção de Bens e Serviços, com 50,3% de mulheres cooperadas e 49,7% por homens cooperados.

 

Por causa disso, Pereira afirma que a atração das mulheres para as cooperativas ainda continua como um desafio para o modelo. “[As mulheres] Representam apenas 36,9% do total de cooperados, embora sejam a maioria da população no Estado.” 

 

Outro desafio que o presidente da OCB-GO aponta é a atração de pessoas de menor escolaridade para o formato cooperativo. “O estudo comprova que quanto maior é a escolaridade de uma pessoa, mais esclarecida ela é sobre as vantagens de participar ativamente do cooperativismo goiano. Precisamos alcançar a população de menor instrução, porque é justamente essa parcela que pode colher maiores benefícios em participar de uma cooperativa”, frisa Luís Alberto.

 

Outra área que também teve destaque no relatório foram as economias destas empresas no ano de 2023. Segundo os dados apresentados, as cooperativas acumularam mais de R$ 60,1 bilhões em ativos totais, com um crescimento de 19,5% em relação ao ano anterior. Se comparado com os últimos cinco anos, com R$ 21,7 bilhões em 2019, as cooperativas registraram um aumento de 176,9% no valor de ativos acumulados, quase três vezes este número. Devido a este acúmulo, as cooperativas representam 18% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, com valor estimado de R$ 336,7 bilhões, de acordo com o Instituto Mauro Borges.

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