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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
atentado

Homem-bomba tinha casa alugada em Ceilândia, próximo ao STF

O autor da explosão próxima ao STF alugou uma a casa antes dos ataques

Postado em 14 de novembro de 2024 por Yasmin Farias
Homem-bomba tinha casa alugada em Ceilândia, próximo ao STF
Foto: reprodução

Francisco Vanderlei Luís, identificado como o autor da explosão próxima ao Supremo Tribunal Federal (STF), alugou uma casa em Ceilândia antes dos atos, cidade satélite do Distrito Federal localizada a cerca de 30 quilômetros da Praça dos Três Poderes. A Polícia Civil do Distrito Federal fez buscas no local e investiga a possibilidade de que o suspeito também tenha alugado um trailer, que está sendo procurado pelos agentes.

Em 2020, Francisco tentou se eleger vereador pelo PL em Rio do Sul, Santa Catarina, mas não obteve sucesso. Em suas redes sociais, ele teria feito ameaças ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a outros políticos. O homem ainda era o proprietário do veículo que ele próprio explodiu no estacionamento do prédio anexo à Câmara dos Deputados.

Durante a coletiva de imprensa, a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, afirmou que Francisco tentou entrar no STF antes da explosão. “Logo após o momento da explosão, ele se aproximou do Supremo e tentou entrar no prédio, mas não conseguiu, e teve a explosão na porta”, disse.

A identificação de Francisco foi possível por meio das imagens de câmeras de segurança e pelas roupas que ele usava, que incluíam uma calça estampada com naipes de baralho, lembrando o visual do personagem “Coringa”. O corpo foi dirigido ao Instituto Médico Legal (IML).

As investigações iniciais apontam para a hipótese de que Francisco atuava sozinho, como um “lobo solitário”, sem ajuda de terceiros para realizar o ataque. No carro de Francisco havia dezenas de bombas caseiras detonadas na primeira explosão.

A Praça dos Três Poderes permanece interditada para vistorias e, de acordo com nota do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Distrito Federal, os agentes estão desativando os artefatos explosivos ainda presentes na área. “Estamos desativando um a um, sendo criteriosos na preservação dos vestígios, para que a investigação tenha material em busca de outros possíveis autores”, afirmou.

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