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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024
preocupante

Ano de 2024 deverá ser o ano mais quente já registrado, diz ONU

A temperatura média global de janeiro a setembro de 2024 ficou 1,54 °C acima da média

Postado em 15 de novembro de 2024 por Yasmin Farias
Foto: starekase/thikstock

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) informou que 2024 pode se tornar o ano mais quente já registado, superando 2023, que até então ocupava o topo da lista de anos mais quentes. Nos últimos meses, as temperaturas médias globais aumentaram de forma preocupante, destacou a agência.

O relatório “Atualização do Estado do Clima 2024” foi divulgado nesta segunda-feira (11), durante a abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorre em Baku, no Azerbaijão. O documento emite um “alerta vermelho” em função do agravamento das mudanças climáticas e do aumento contínuo de gases de efeito estufa na atmosfera.

De acordo com o relatório, a última década (2015-2024) é a mais quente já registrada, o que intensifica o derretimento de geleiras, a elevação do nível do mar e o aquecimento dos oceanos.

“A crise climática está afetando a saúde, ampliando desigualdades, prejudicando o desenvolvimento sustentável e comprometendo as bases da paz. As mais vulneráveis ​​são os mais impactados”, declarou o secretário-geral da ONU, António Guterres.

A temperatura média global de janeiro a setembro de 2024 ficou 1,54 °C acima da média pré-industrial, segunda análise de seis conjuntos de dados usados ​​pela OMM, com margem de erro de 0,13°C, para mais ou menos.

Celeste Saulo, secretária-geral da OMM, ressaltou que, apesar de 2024 ultrapassar temporariamente o limite de 1,5 °C, isso não significa que a meta do Acordo de Paris tenha sido comprometida. O acordo visa manter o aquecimento global bem abaixo de 2 °C e, preferencialmente, limitá-lo a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais.

Saulo também enfatizou que cada parcela de aumento de temperatura é importante, pois eleva os extremos climáticos e os riscos associados, agravando eventos como chuvas intensas, secas e incêndios florestais. Ela destacou a urgência de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, ampliar o monitoramento climático e fortalecer medidas de adaptação, como os serviços de informação climática e Alertas Antecipados para Todos.

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