Comércio varejista em Goiás volta a crescer após queda no mês anterior
As vendas do comércio varejista registraram um crescimento no País de 0,5%, enquanto o ramo no Estado cresceu 0,4% em setembro
Nesta última terça-feira (12), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a pesquisa mais uma edição da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) sobre o mercado varejista brasileiro e em suas respectivas regiões durante o mês de setembro. Entre um dos destaques do relatório, foi informado um leve crescimento de vendas do ramo a nível nacional e regional. De acordo com o relatório, as vendas no país registraram um crescimento de 0,5%, enquanto o ramo no Estado cresceu 0,4%.
Dentre as áreas que mais registraram aumento de vendas naquele mês foram: Varejo de farmácias, ortopédicas e perfumarias (26,0%); Lojas de veículos, partes e peças (21,9%); Lojas de livros, jornais e papelarias (14,7%). Além disso, o comércio varejista de hipermercados, supermercados e bebidas também registraram um aumento de 5,0% em relação ao mês anterior. Por outro lado, as lojas de móveis e combustíveis registraram uma diminuição nas vendas, de 10,9% e 9,9%, respectivamente. Apesar disso, o comércio o ramo do comércio voltou a crescer se comparado com o mês anterior após uma queda de 0,8%.
Além do estado goiano, a grande maioria das unidades federativas também registraram um crescimento no varejo, contudo, apenas um estado apresentou estabilidade e outros cinco estados relataram uma diminuição do ramo, sendo eles: Minas Gerais (0,0%), São Paulo (-0,1%), Ceará (-1,2%); Mato Grosso (-2,5%), Tocantins (-3,9%) e Amapá (-3,9%). A nível nacional, o varejo de farmacêuticos e ortopédicos também ganhou destaque com o 19º mês consecutivo de crescimento. Para o gerente da pesquisa do IBGE, Christiano Santos, essa taxa ininterrupta de crescimento comercial representa a área como a de maior força do ano de 2024.
A PMC é um relatório mensal que é elaborado todos os meses para diagnosticar as vendas do comércio brasileiro. Segundo o tecnologista em informações geográficas e estatística, Alessandro Arantes, ao O HOJE, os técnicos do IBGE fazem visitas em lojas e nos escritórios administrativos para levantar os dados sobre valores vendidos dos ramos. Contudo, a pesquisa em si é feita de forma independente com as lojas e é considerado outras pesquisas do órgão ou mesmo outros dados referentes ao tema, como os consumidores ou mesmo a inflação.
Sobre isso, a economista Adriana Pereira afirma que a situação econômica da nação passa por uma série de eventos que proporcionaram o crescimento do comércio relatado na pesquisa. Entre os pontos positivos afirma que o País possui uma inflação controlada e dentro das expectativas do Banco Central, além disso, a especialista afirma que houve uma redução na taxa de desemprego no segundo trimestre de 2024. Também, o aumento do dólar por fatores diplomáticos favorece o mercado interno com a diminuição das importações e nas compras de produtos do exterior.
A Adriana, que também é professora na Universidade Estadual de Goiás (UEG), ainda lembra que o comércio varejista goiano apresentou um crescimento consecutivo nestes últimos dez meses. A especialista também relata como o segundo semestre do ano é uma época movimentada devido as festas de fim de ano e as datas comerciais como o Black Friday em novembro.
Além disso, Adriana comenta que a partir destes dados é possível tirar um diagnóstico sobre as áreas que mais se beneficiam no mercado. “O aumento nos valores de vendas dos produtos farmacêuticos e ortopédicos pode siginifcar um aumento no comércio e nos gastos da saúde, que também pode significar que a população esteja mais doente. Por outro lado, o crescimento dos hipermercados e supermercados significa que as pessoas atualmente possuem mais renda que antes.”
Apesar disso, a professora lembra que os consumidores não podem se empolgar nas compras e devem consumir de forma consciente. Sobre isso, Adriana relembra como o fim de ano também é uma época de gastos para a população no pagamento de impostos como o Imposto Sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) e o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU).