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segunda-feira, 16 de dezembro de 2024
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No Rio de Janeiro

No G20 Social, Lula incentiva as pessoas a “gritar, protestar e reivindicar” para provocar mudanças

Presidente destacou a necessidade de incluir nas agendas globais políticas voltadas às populações marginalizadas, que muitas vezes são “desprezadas nos orçamentos” governamentais

Postado em 17 de novembro de 2024 por Bruno Goulart
No G20 Social, Lula incentiva as pessoas a “gritar, protestar e reivindicar” para provocar mudanças
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encerrou neste sábado (16/11) o G20 Social, realizado no Rio de Janeiro, defendendo maior participação popular na política internacional.

Lula criticou o que chamou de “monopólio de especialistas e burocratas” sobre a economia global e incentivou as pessoas a “gritar, protestar e reivindicar” para provocar mudanças. Ele pediu que o evento, idealizado por ele em 2023, seja mantido nas futuras edições do G20.

Leia mais: Confira a íntegra da Declaração Final do G20 Social

Sem mencionar diretamente a proposta de emenda à Constituição (PEC) que busca acabar com a jornada de trabalho 6×1, Lula afirmou que o G20 deve discutir “jornadas de trabalho mais equilibradas”. A PEC, liderada pela deputada Érika Hilton (Psol-SP), visa reduzir a carga semanal para 36 horas.

O presidente destacou a necessidade de incluir nas agendas globais políticas voltadas às populações marginalizadas, que muitas vezes são “desprezadas nos orçamentos” governamentais.

G20 na África

Lula também aproveitou para reforçar o simbolismo do Brasil na presidência rotativa do G20, que será transferida à África do Sul em 1º de dezembro. Segundo o presidente, eventos como o G20 Social são fundamentais para dar voz às pessoas que, historicamente, têm sido ignoradas nas decisões econômicas e políticas globais.

A defesa por jornadas de trabalho mais justas reflete uma preocupação de Lula em colocar temas sociais no centro dos debates do G20. O presidente argumentou que medidas como essa podem beneficiar as classes trabalhadoras e estimular discussões mais inclusivas entre as maiores economias do mundo.

Ao fim do evento, Lula reiterou a importância de promover políticas públicas que atendam a demandas sociais reprimidas. Ele enfatizou que a inclusão de pautas populares é essencial para construir um futuro mais igualitário. “Temos que enxergar as pessoas invisíveis e incluí-las no planejamento econômico e político”, concluiu.

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