Congresso discute com Iphan segurança na Praça dos Três Poderes
Estudo de novas medidas de segurança é intensificado após ataque ao Supremo Tribunal Federal
As mesas diretoras do Senado Federal e da Câmara dos Deputados convocaram representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para uma reunião nesta segunda-feira (18/11), com o objetivo de debater medidas para reforçar a segurança na Praça dos Três Poderes.
O encontro ocorre após o atentado que chocou Brasília na última quarta-feira (13), quando um homem lançou bombas contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
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Francisco Wanderley, autor do ataque, morreu em uma das explosões. Após o incidente, autoridades intensificaram a segurança no STF, no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto.
Equipes especializadas realizaram varreduras em pontos estratégicos, incluindo o Anexo IV da Câmara dos Deputados, onde foi localizado o carro do autor do atentado, além de um trailer contendo mais explosivos.
Praça dos Três Poderes é tombada pelo Iphan
A Praça dos Três Poderes, tombada pelo Iphan, exige consultas ao Instituto em caso de intervenções físicas, como mudanças estruturais nos acessos às sedes do Legislativo, Executivo e Judiciário. O debate busca conciliar a preservação do patrimônio com a necessidade de proteger a área, palco de grande fluxo de autoridades, servidores e visitantes.
Entre as medidas discutidas, destaca-se a possibilidade de restringir o acesso à Chapelaria, uma das entradas mais movimentadas do Congresso Nacional. Diferentemente de alterações físicas, restrições de circulação podem ser decididas diretamente pelas mesas diretoras do Senado e da Câmara, sem a necessidade de aval do Iphan.
Desde o atentado, a segurança na área central de Brasília foi significativamente reforçada. Grades foram reinstaladas no entorno do STF, e homens do Exército intensificaram a vigilância no Palácio do Planalto, especialmente no estacionamento e nas entradas principais.
O ataque ocorreu enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava no Palácio da Alvorada, residência oficial localizada a cerca de dois quilômetros da Esplanada dos Ministérios. Apesar disso, o episódio trouxe preocupação quanto à vulnerabilidade da Praça dos Três Poderes, que concentra as principais instituições republicanas do Brasil.