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domingo, 22 de dezembro de 2024
Cooperativas empregados

Cooperativas goianas registram mais de 17 mil empregados em 2024

Número de cooperados cresce para 609,7 mil associados desde a última contagem no final de 2023

Postado em 19 de novembro de 2024 por João Reynol
Em quantidade, mulheres representam a maioria dos empregados na cooperativas em Goiás.|Foto: Reprodução/Ricardo Matsukawa-Sebrae

Com o passar dos anos, o mercado de trabalho acompanhou, em partes, as mudanças na sociedade e novas formas de trabalho ganharam palco no cenário brasileiro. Exemplos que são populares é com o crescimento de microempreendedores, trabalhadores autônomos de aplicativo e a popularização do home-office. Além destes modelos, o crescimento das empresas cooperativas também têm oferecido uma nova forma na área de trabalho. 

 

De acordo com a Organização das Cooperativas Brasileiras em Goiás (OCB-GO), o ano de 2023 registrou um alcance recorde de cooperados com 609,7 mil associados desde a última contagem no final de 2023, um número 31,3% maior que o do ano anterior. Este dado foi apresentado no último balanço das cooperativas divulgado nesta última quarta-feira (13) sobre o crescimento da modalidade em Goiás. Além do crescimento dos cooperados, também foi registrado o aumento de empregados nestas cooperativas pela organização, segundo o relatório, a organização fechou o ano de 2023 com 17.912 empregados nas cooperativas, o maior valor registrado desde o começo dos relatórios em 2012. 

 

Grande parte destes 17 mil trabalhadores se concentram em três ramos de cooperativas, sendo eles: Agropecuário, com 6,5 mil empregados (36,1%); Crédito, com 5,6 mil empregados (31,2%); Saúde, com 4,7 mil empregados (26,3%). Além disso, a divisão de trabalho é majoritariamente igualitária entre os sexos, sendo composto por 9.049 mulheres (50,9%), principalmente nos ramos de saúde, consumo e crédito. Por outro lado, os ramos da infraestrutura, transporte, agropecuário e trabalho, produção de bens e serviços são predominantemente formados por homens com 8.738 homens trabalhadores (49,1%). 

 

Apesar disso, a grande maioria dos trabalhadores corresponde a pessoas com escolaridade do ensino superior incompleto e ensino médio completo, cerca de 5,800 trabalhadores. Por outro lado, os trabalhadores que possuem ensino superior completo representam 29,9%, e os trabalhadores com ensino fundamental completo ou médio incompleto, os que não possuem escolaridade ou mesmo o fundamental incompleto são 9,8%, 9,2% e 4,38%, respectivamente.

 

Outro valor que também foi destaque na pesquisa é o aumento da folha salarial das cooperativas que cresceu e atingiu o maior valor histórico com R$ 1,373 bilhão em 2023, saindo de R$ 1,049 bilhão em 2022, com um crescimento de 30,8%. Dentre este montante, o setor das cooperativas de crédito possui a maior parte, com o total de R$ 546,5 milhões em salários. Já o setor das cooperativas agropecuárias possui o segundo maior valor com R$ 436 milhões em salários. Enquanto isso, o ramo das cooperativas da saúde é o terceiro ramo com maior valores em pagamentos de salários, com R$ 320,2 milhões.  

 

Um novo espaço no mercado de trabalho

 

Para o presidente do OCB-GO, Luis Alberto Pereira, ao O HOJE, este crescimento na empregabilidade é apenas um efeito no crescimento das próprias cooperativas que possuem mais crédito para aumentar o serviço. Além disso, Luis lembra que boa parte dos mais de 600 mil cooperados também trabalham nas empresas dentro do regime de cooperativas. “Hoje as nossas cooperativas de créditos são bem empregadoras e é um mercado que as pessoas podem se especializar para trabalhar.”

Luís também relata que a dinâmica empregatícia das cooperativas pode favorecer um ambiente de trabalho mais humano que também capacita o próprio trabalhador. Além disso, fala que grande parte das cooperativas estão com mais oportunidade de benefícios para o trabalhador, como plano de saúde, odontológico e dão oportunidade de trabalho no regime home office. Apesar disso, o presidente também fala que as cooperativas também enfrentam com a escassez de mão de obra qualificada que o mercado de trabalho sofre atualmente.

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