PT afirma que Bolsonaro deve explicações após plano de assassinar Lula
“Punição para todos os envolvidos”, afirma PT
O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou nota nesta terça-feira (19) cobrando explicações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o plano de assassinar Lula. O comunicado foi emitido após uma operação da Polícia Federal (PF) que prendeu agentes públicos acusados de planejar o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Plano de assassinar Lula
Segundo as investigações, o grupo teria articulado os crimes em dezembro de 2022, como parte de um plano para impedir a posse da chapa eleita e instaurar um regime autoritário no país. De acordo com a PF, um documento relacionado ao plano foi impresso dentro do Palácio do Planalto, durante a gestão de Bolsonaro.
Na nota, o PT classificou a operação como um passo essencial para responsabilizar os envolvidos. O partido destacou que as conclusões do inquérito apontam para a necessidade de punição dos responsáveis, além de rechaçar qualquer possibilidade de anistia. “Punição para todos os envolvidos na trama golpista e nos planos de assassinato de Lula, Alckmin e Moraes. Sem Anistia!”, declarou o partido.
A operação da Polícia Federal
A ação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares. Os alvos são militares da ativa e da reserva, além de um policial federal.
Entre os presos estão o general da reserva Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro, e outros militares, como o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira. Também foi preso o policial federal Wladimir Matos Soares.
As prisões ocorreram no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal. O Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento dos mandados em áreas sob sua jurisdição.
A operação se soma a outras investigações relacionadas ao período eleitoral de 2022 e ao ataque aos prédios públicos em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. A PF segue investigando a extensão do envolvimento de agentes públicos no planejamento de ações golpistas.